Vi um vizinho varrendo o piso da área dos aparelhos de ginástica comunitários. Fui até ele, dei os parabéns e ouvi seu comentário: - Este é o quintal de nossas casas, precisamos cuidar dele. A cidade é de todos!
Então, contei a ele sobre um caso que transformei em texto, logo a seguir.
Nossa geração, já nos estertores de nossa passagem por este Planeta, deve deixar, pelo menos, um exemplo de cidadania. Sérgio Antunes de Freitas
Então, contei a ele sobre um caso que transformei em texto, logo a seguir.
Nossa geração, já nos estertores de nossa passagem por este Planeta, deve deixar, pelo menos, um exemplo de cidadania. Sérgio Antunes de Freitas
A Estrela da Manhã
Sol da manhã, procuro a tal estrela, Marte, que está mais próxima da Terra do que nunca, segundo os jornais.
As plantas começaram a florir e nem começou a primavera. Eu nunca entendi essas estações!
As minhas caminhadas matinais são duplamente importantes, pela saúde e pela aprendizagem.
De longe, avistei um velho, de braço dado com o filho, abaixando-se para pegar uma lata de cerveja vazia no chão, largada por algum mal-criado.
Contra o sol, em determinado momento, parecia que suas silhuetas eram contornadas por uma aura.
O velho voltou a dar o braço ao filho quarentão e, logo à frente, colocou a peça na lata de lixo.
Tamanha dignidade é rara. Afinal, logo mais, ele deixará este terreno. Então, por que a preocupação em cuidar do mesmo? Ainda mais que é público, responsabilidade do governo?
Percebi que seguia dois homens. Verdadeiramente homens! Um verdadeiro homem que criou um menino, transformando-o em outro verdadeiro homem e, por isso, cuidava do pai.
Tive toda essa certeza, quando ultrapassei a dupla e ouvi a conversa:
- Pai! Quer ir mais depressa?
- Assim está bom, Filho.
- Ô, Pai! Assim você não vai atingir o índice olímpico!
Aí, o pai deu uma risada. Uma risada compensatória. A risada do dever cumprido. Uma risada paternal. Uma risada de amor.
As plantas começaram a florir e nem começou a primavera. Eu nunca entendi essas estações!
As minhas caminhadas matinais são duplamente importantes, pela saúde e pela aprendizagem.
De longe, avistei um velho, de braço dado com o filho, abaixando-se para pegar uma lata de cerveja vazia no chão, largada por algum mal-criado.
Contra o sol, em determinado momento, parecia que suas silhuetas eram contornadas por uma aura.
O velho voltou a dar o braço ao filho quarentão e, logo à frente, colocou a peça na lata de lixo.
Tamanha dignidade é rara. Afinal, logo mais, ele deixará este terreno. Então, por que a preocupação em cuidar do mesmo? Ainda mais que é público, responsabilidade do governo?
Percebi que seguia dois homens. Verdadeiramente homens! Um verdadeiro homem que criou um menino, transformando-o em outro verdadeiro homem e, por isso, cuidava do pai.
Tive toda essa certeza, quando ultrapassei a dupla e ouvi a conversa:
- Pai! Quer ir mais depressa?
- Assim está bom, Filho.
- Ô, Pai! Assim você não vai atingir o índice olímpico!
Aí, o pai deu uma risada. Uma risada compensatória. A risada do dever cumprido. Uma risada paternal. Uma risada de amor.
Sérgio Antunes de Freitas
29 de abril de 2006
29 de abril de 2006
Quem tem uma amiga igual a você, Marina da Silva, não precisa de auto-estima. He! He! He! Obrigado.
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