BRAZIL: um causo de" PESTE"

 A PESTE

Marina da Silva

Então vou falar da PESTE!

E claro, você leitor(a) já ergueu a sobrancelha ou torceu o nariz ou esboçou aquele sorrisinho maroto: lá vem bolsonaro. Sim e não. Talvez não, mas pode ser que sim. É que um trem parece estar inerentemente ligado ao outro. 

Fome, guerra e peste  são flagelos que sempre atravancaram o progresso dos seres humanos rumo à construção de uma sociabilidade mais humana. Falei bonito, mas esta tríade maldita anda junta e pregando peças, retrocessos e o diabo-a-quatro contra o processo civilizatório, que cá para nós é um tal de  tomar o que é do(s) outro(s), exterminar o(s ) outro(s), ter mais às custas do(s) outro(s) reduzindo quem sobrar à escravidão, servidão, proletariado, precariado, uberizado, ops, MEI-microempreendor Individual que resumidamente é retorno ao estágio animal de necessidades básicas: só comer, beber dormir, reproduzir, acordar no dia seguinte e repetir o processo. Putz! É o efeito da PESTE na escrita...

Pois então, um trem puxa outro, uma conversa puxa outra, mas esta tríade acaba se tornando uma e só coisa: desgraça geral e particular também. A palavra peste, desacompanhada de qualquer adjetivo, nos faz esperar por alguma merda ou coisa pior, algo ligado ao bolsonaro, ops, capeta, satanás, demônio. O que dá no mesmo.

"pes·te

(latim pestis, -is)

substantivo feminino

1. Doença .epidêmica grave, .infectocontagiosa, provocada por um bacilo, em que a pele é geralmente atacada de bubões ou de úlceras.

2. [Medicina]  Doença que causa grande mortandade.

3. [Figurado]  Mau cheiro. = FEDOR

4. Coisa perniciosa ou funesta.

5. O que corrompe ou destrói, física ou moralmente.

6. [Portugal, Informal]  Pessoa irrequieta ou travessa (ex.: aquele garoto é uma peste!). = DIABRETE

7. [Informal]  Faísca .elétrica.

substantivo de dois gêneros

8. [Brasil, Informal]  Pessoa má.

não ser peste

• Ser bonito ou agradável.

peste branca

• Enfermidade infecciosa e contagiosa causada por um micróbio especial chamado bacilo de Koch, caracterizada pela formação de pequenos tubérculos em determinadas partes do corpo, como os pulmões, a laringe, os intestinos, etc. = TUBERCULOSE

peste .bubônica

• [Medicina]  Doença .epidêmica altamente infecciosa causada pela bactéria Yersinia pestis, caracterizada por .tumefações ganglionares dolorosas.

peste negra

• Designação dada à grande epidemia de peste, de tipo hemorrágico subcutâneo, que provocou grande mortandade na Europa Ocidental no século XIV.

Palavras relacionadas: 

pestinha, bubônica, bubônico, pestoso, pestilento, pestilência, cabra

."1

www.google.com.br/images. Sociopata, perverso, sem qualquer empatia pelo povo brasileiro preto, pobre, favelado, mulheres, GBLTQI+, indígenas e quilombolas, a maioria da população.

E como tudo vem ao caso, a peste(doença) e a  peste(bolsonaro) podemos seguir com o "causo" .

Em 2020, nós, que ainda não morremos da peste coronavírus, o Covid-19 estamos passando perrengue e "cortando um dobrado"2, literalmente, com a peste bolsonaro, tão mortal quanto o vírus. Talvez pior. Não, bem pior. Com certeza!

Sim, podemos comemorar e tem até um hino de louvor que cai como uma máscara, um álcool gel, sabão e isolamento social, enfim, como uma luva para nos ajudar a "sofrer as duas pestes": o covid-19 e o presidente b-17 [B de burro, bufão, bronco, bruto, bostão]. Se estamos vivos apesar do bolsoAsno, Covid-19 e padres, pastores evangélicos corruptos, principalmente os que atuam no campo político longe de Deus e perto do "capiroto"... Somos UM SUJEITO DE SORTE, para dizer a verdade, pessoas de muita sorte!

"Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte

Porque apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte

E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado

E assim já não posso sofrer no ano passado.

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro"3

www.google.com.br Afff

Bem amigos, pessoas, isto tudo vem ao caso e ao "causo" porque, nos temos de escola eu li um livro que me causou muita angústia e outras coisas à época, sem eu saber de pandemia nada além do  seu significado. O livro A PESTE caiu-me literalmente aos pés enquanto catava livros na biblioteca da faculdade de Filosofia para aulas de Lógica do Pensamento Científico. 

"A PESTE é uma obra de Albert Camus (1913-1960)4. Supersticiosa, peguei o livro, passei uma olhadela e resolvi levar para casa, afinal o trem caiu nos meus pés! Levei, li numa sentada, porque apesar de angustiante, não conseguia parar de ler o livro. Tem livro que é assim, captura a gente e sem a gente se dar conta está vivendo e sofrendo como os personagens. Lembro sempre dos livros de Graciliano Ramos: Infância, Angústia, Vidas secas, Insônia.

"Assim, a primeira coisa que a peste trouxe aos nossos concidadãos foi o exílio.(...)Sim, era realmente o sentimento do exílio, esse vazio que trazíamos constantemente em nós, essa emoção precisa, o desejo irracional de voltar atrás ou, pelo contrário, de acelerar a marcha do tempo, essas flechas ardentes da memória."(CAMUS, P.922-923) 

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Então quando a pandemia foi admitida no mundo e no Brasil (primeira morte em Março) eu fiquei angustiada, um dèja vu, tipo: já senti esta angústia antes. No primeiro momento a angústia estava ligada ao fato de a OMS- Organização Mundial de Saúde, mesmo sendo avisada no final de 2019 pela China do risco da pandemia não  ter soltado imediatamente um "alerta geral" bem sério! Só  me vinha à cabeça: Brasil, verão, praia e carnaval...Vai dar merda, muita merda!

Foto Marina da Silva. Brasil, Belo Horizonte, MG. Carnaval - Fevereiro de 2020

Se a peste foi detectada nos finalmente de 2019 e  o povo só tomou conhecimento em março de 2020... Mergulhei nos jornais e redes sociais, ávida por informações.

Só lá pela metade de março foi declarada a pandemia e a quarentena no Brasil, que para muitos era coisa de uns quatorze dias no mínimo e no máximo quarenta dias.

Comprei o e-book A PESTE e li. Agora com angústia e temores e ansiedade e muito medo. Não li "numa sentada" como da primeira vez quando A PESTE era só ficção de uma realidade atroz de mortandade, dores e sofrimentos histórica-geográfica longínqua: A peste  da Primeira Guerra Mundial (1914-1918); a peste Influenza em 2018; a peste da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ficando só nos exemplos mais graves da História Mundial recente, século XX. Agora  A PESTE estava aqui, Brasil, palpável, concreta, virulenta e matando. Não conseguia ler muito, precisava respirar, meditar, porque era a descrição fiel do que via na televisão e redes sociais. A dor da perda, o isolamento social, os enterros solitários, a impossibilidade da despedida, do último abraço, do eu te amo...

www.google.com.br/images. "Com 5.000 mortes, NY usa valas comuns..." 

Quanto  horror, tristeza e dor pelas vidas perdidas, principalmente nos chamados países do "Primeiro Mundo", nações riquíssimas  que delataram o combate à pandemia poupando dólares e perdendo milhares de vida na opção neoliberal estúpida de espera da imunização de rebanho.

Mas nada é tão ruim que não possa ser piorado por bolsonaro, militares, policiais de todas as corporações, guardinhas municipais, juízes, políticos, eclesiásticos bolsonaristas, eleitores e apoiadores bolsomínios, pastores corruptos e toda a pestilência que os acompanha fardada ou não: ódio, intolerância, ataques de violência, racismo, homofobia, transfobia, misoginia, machismo, nazifacismo, fake news e especialmente...burrismo. Peguei pesado néh? Anemia intelectual? Inteligência artificial? olasno de carvalho? Embrutecimento cerebral?

www.google.com.br/images. O ministro da saúde Mandetta e o asno sociopata pervertido inumano.

Foi depois da demissão de dois ministros da saúde, médicos e a entrada de um militar no ministério que muitos perceberam que A PESTE Covid-19 e seus efeitos deletérios e de mortandade sobre a população brasileira traria uma crise humanitária de saúde, desemprego, miséria, pobreza, mortes de inocentes, muita corrupção e desvio do dinheiro público pelo governo fascista-nazista necrófilo da peste bolsonaro e administradores corruptos. Diz o ditado: a ocasião faz o ladrão, mas aqui no Brasil significa os ladrões no governo do país, estados e municípios não perderao esta ocasião para pilhar a nação. E não deu outra! 

"Presidente é uma pandemia!"

"E daí?"

"As pessoas estão morrendo!"

"Não sou coveiro."

"A população idosa é a mais atingida!"

"Cada um que cuide de seus velhos."

"É muito sério!"

"É só fantasia, histeria, uma gripezinha."

"Ainda não existe vacina!"

"A cura é a cloroquina."

"O isolamento social pode salvar vidas!"

"Meu bloco tá nas ruas."

"O ministro da saúde está no caminho certo!"

"Está demitido. Quem precisa de ministro da Saúde numa gripezinha, táoquei?"

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bolsonaro fez e faz tudo que é  humanamente impensável para favorecer, expandir, espalhar a peste Covid-19 causando grande mortandade, infligindo dor e sofrimento às pessoas com sua pessoa obtusa, burra, asquerosa, pestilenta e mau cheirosa. 

Entre suas ações: pregar o não uso de máscaras; incentivar o descumprimento de todas as normas científicas de enfrentamento e controle da pandemia  tal como evitar aglomerações;  prescrever cloroquina como cura da Covid-19; cortar verbas da saúde; reduzir pela metade o auxílio-emergencial para os mais pobres e aqueles que perderam o emprego (de R$600,00 reais para R$300,00); não criar nenhum plano de combate à pandemia Covid-19 e sabotar os planos do ministro da Saúde Mandetta; deixar testes Covid-19 "confiscados" e perdendo validade; não testar a população;  não aderir imediatamente ao consórcio de vacinas da OMS; não elaborar o plano de vacinação da população e o mais grave: NÃO SOLIDARIZAR E EXPRESSAR RESPEITO E SENTIMENTOS PELOS MORTOS E SEUS FAMILIARES; ALÉM de ter seguido com prazer e prostrado o mesmo comportamento patético do bolsonaro dos Estados Unidos Donald Trump. Claro que o Trump tupiniquin, a peste do país, não teve uma ideia própria para nada, nem mesmo para o esFAKEamento dias antes das eleições 2018. É mesmo um bosta, um cuzão apaixonado pelo bozoasno  norte-americano, Trump.

www.google.com.br/images. OS BURROS TAMBÉM AMAM.

"o dia em que vinte estados brasileiros registraram piora nos números da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro disse que o país vivia um “finalzinho” de pandemia. Mas os números mostram o contrário. Em dezoito estados e no Distrito Federal, as mortes pela doença estão em alta – e esta emergência de saúde teve um custo alto para a vida dos brasileiros. O número de mortos por Covid-19 no Brasil é 38 vezes o da China, país mais populoso do mundo." https://jovempan.com.br/noticias/politica/bolsonaro-diz-que-pandemia-no-brasil-esta-no-finzinho.html

"Mesmo com aumento de casos, Bolsonaro diz que pandemia está “no fim”.Boletim do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira, apontou o registro de 53.453 novos casos da doença, o maior número diário desde 13 de agosto"https://exame.com/brasil/mesmo-com-aumento-de-casos-bolsonaro-diz-que-pandemia-esta-no-fim/

"Em meio a alta de mortes, Bolsonaro diz que pandemia no Brasil está no ‘finzinho’Caso curva de crescimento siga em alta, país deverá ultrapassar a marca de 180 mil mortes pela doença até o fim desta semana".https://piaui.folha.uol.com.br/pandemia-longe-do-fim/

Print de https://www.google.com/search?newwindow=1&safe=active&sxsrf=ALeKk024g1iKpqj7jLK-8NiqdfxUsBQumw%3A1607984535619&ei=l-XXX5isJZu05OUP6uqK6Ak&q=covid+brasil+dados+reais&oq=covid+brasil+dados&gs_lcp=CgZwc3ktYWIQARgBMgIIADICCAA6BwgjEOoCECc6BwguEOoCECc6BAgjECc6BwgAELEDEEM6BAgAEEM6BQguELEDOgoIABCxAxCDARBDOggILhCxAxCDAToECC4QQzoICAAQsQMQgwE6CwgAELEDEMcBEKMCOggIABDHARCjAjoFCAAQsQM6BAgAEApQ1rMXWIDjF2CT-hdoAXAAeACAAYkCiAGpH5IBBjAuMi4xNpgBAKABAaoBB2d3cy13aXqwAQrAAQE&sclient=psy-ab

Estamos  na metade de dezembro e numa segunda onda da pandemia, caminhando, se Deus não for brasileiro, para perda de quase 190 mil vidas pelo coronavírus só em 2020. Se aconteceu uma coisa não muito boa, aí se tornou ruim, A PESTE conseguiu piorar, o bolsonaro e cia. tornou tudo uma desgraceira só, NADA MAIS PODE NOS ATINGIR. amém! HABEMOS VACINA CONTRA COVID-19!

Afff! Sempre que o otimismo Cândido (Voltaire) ou Pollyana (Eleanor H. Porther) me enchem o coração e a alma, lá vem o Bolsosatanás e F*ck!

O DIABO VENCEU! CERCA DE 58 MILHÕES DE ELEITORES COLOCARAM A FAIXA DE PRESIDENTE NO CAPIROTO DE-MO-CRA-TI-CA-MEN-TE [eleições 2018]

 

"Aliado de Bolsonaro diz que governo pretende confiscar vacina dos estados

Governador Ronaldo Caiado afirma ter ouvido de Pazuello que Bolsonaro vai publicar uma MP para "requisitar" e "centralizar" todos os imunizantes importados e produzidos no país, num recado ao governo de São Paulo."https://www.dw.com/pt-br/aliado-de-bolsonaro-diz-que-governo-pretende-confiscar-vacina-dos-estados/a-55913159 (grifo meu)

https://bhaz.com.br/2020/08/28/preso-corrupcao-pastor-everaldo-batizou-bolsonaro/#gref. O CAPETA BATIZANDO SATANÁS NO RIO JORDÃO. Ô PESTE!

Fonte

1. "peste", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/peste [consultado em 13-12-2020].

2. "Cortando um dobrado" é uma expressão popular para situações duplamente ou triplamente problemáticas, complicadas, enfim, um grande perrengue. Ex.: situação de desemprego.

3. BELCHIOR. Trecho da canção SUJEITO DE SORTE. https://www.letras.mus.br/belchior/344922/

4. CAMUS, Albert. A PESTE. Tradução de Valerie Rumjanek. 23ª ed. São Paulo: Editora Record, 2017. Recurso eletrônico. ISBN 978-85-01-11744-1. Sobre autor e obras ver:https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus "Albert Camus (francês: [albɛʁ kamy] (escutar (ajuda·info)) (Mondovi, 7 de novembro de 1913 — Villeblevin, 4 de janeiro de 1960) foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa, situando-se próximo das correntes libertárias^[1][2][3] durante as batalhas morais no período pós-guerra. O seu trabalho profícuo inclui peças de teatro, novelas, notícias, filmes, poemas e ensaios, onde ele desenvolveu um humanismo baseado na consciência do absurdo da condição humana e na revolta como uma resposta a esse absurdo. Para Camus, essa revolta leva à ação e fornece sentido ao mundo e à existência. Daqui "Nasce então a estranha alegria que nos ajuda a viver e a morrer".^[4] Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1957.^[5]"