TU
Sem tu
Segunda pessoa
A vida não tem graça
Perde o sentido primeiro
De estar junto
O eu não se completa
E se comporta como um
sujeito
Passivo e indeterminado.
A oração perde a
coordenação
E os conectivos
Absolutizam-se
E se subordinam
À rotina vazia,
estranha, fria.
Eu e tu
Sujeitos compostos
Dilacerados pela
distância
No tempo indefinidos
Eu sem chão só
Sem conjugação de carne
e cerne
O presente
O subjuntivo
Imperativo de solidão
Uma rotina pobre,
só minha, possessiva.
Belo Horizonte, Brasil.
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