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terça-feira, 16 de junho de 2015

BRAZIL: MEIAS E...MEIAS!

MEIAS CRETINAS
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Sérgio Antunes de Freitas

Quando criança, ouvi pela primeira vez o ditado: “Toda a sabedoria do mundo não vale mais que um par de botas” - e imaginei esses calçados como bichos inteligentes.
Com o mesmo raciocínio infantil, sempre imaginei que as meias são animais cretinos. Mais que as ariranhas ou os macacos!
Essa ideia não me sai da cabeça e há explicações para o aparente absurdo da animada definição.
Meias são bichos que gostam de andar “de parzinhos” e a gente acaba confiando nessa relação de companheirismo. Porém, quando estamos com um par delas em um casamento, em uma reunião social exigente de elegância ou mesmo no trabalho, um dos pés costuma mudar de cor. Olha o nosso vexame!
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Pior é que essas rainhas da falsidade escondem seus defeitos físicos e de caráter!
Quando vamos comprar sapatos ou vamos em outro lugar nos quais precisamos tira-los, nesse momento, olhamos para baixo e vemos que uma das meias apareceu com um buraco na ponta. Ela se auto imola, só para nos fazer passar a vergonha.
E veja lá o dedão olhando pra cima com cara de paisagem!
As atrevidas ainda conseguem comparsas facilmente!
Quando tiramos os sapatos no trabalho, apenas para descansar os pés, sempre aparece um colega, do tipo “oreia”, para escondê-los.
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E justamente quando ele vai ao banheiro, sem chance de nos dizer onde é o esconderijo, o diretor nos chama com urgência. E lá vamos nós sem sapatos, pensando na justificativa.
(Vamos brincar de “preencha com a palavra adequada”.)
- Meu Diretor, me desculpe pela descompostura, isso porque aquele (palavrão aceito socialmente, mas que reflete toda a raiva do mundo) do (nome do inominável) escondeu meus sapatos.
O Diretor olha para baixo, dá uma risadinha compreensiva e comenta: - É! Nossos salários estão muito baixos!
Então, nós também olhamos para baixo e vemos que o dedão está pra fora do buraco, concordando com o diretor.
Há casos também em que, no meio da tarde, bate um sentimento de que estamos manquitolas, sem sentir dor nenhuma. Aí, percebemos que calçamos meias de mesmas cores, mas uma de cano longo, com punhos bordados, e outra de cano curto e sem punhos.
Contudo, é bom salientar, essas vestimentas também tem seu lado melancólico! Quando some seu pé companheiro, ficam tristes, amuadas, solitárias no canto da gaveta, até que seu par volte feliz ao seu encontro. Às vezes, por conta dessa viuvez, aceitam empregos menos nobres, como coador de café em república de estudantes. Nunca mais mudarão de cor!
E o problema da cor é sério mesmo! Muitas vezes, de manhã, quando pegamos um bolinho delas, vemos que os pés são de raças distintas. Ainda com sono ou em ambiente mais escuro, não conseguimos discernir a cor ou o tipo. E vem as dúvidas... É preta? É azul escura? É cinza? Tem punho? Está furada? É o mesmo bordado? Estão do avesso? Dá pra ir sem meias?
É o caos matinal!
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Entretanto, como dizem os grandes filósofos, quando você não tem mais esperanças, sempre aparece uma luz para retirá-lo das trevas.
Adquiri um exemplar do livro “Mil dicas para resolver problemas de vestuário”, da Editora Tabajara. Seguindo a sugestão apresentada, vou comprar um monte de pares de meias pretas, de mesmo tipo, sem bordados, sem punhos, sem nada, e descartar todas as outras, cinzas claras, cinzas escuras, bordôs, cafés, marrom claras, marrom escuras, pretas de cano alto, pretas de cano baixo. Ficarei só com as brancas, para usar com tênis.
Pronto! “Meus pobrema se acabaram-se!”
E se alguém me der meias de presente de aniversário, já sabe, vão pro lixo, sem dó nem piedade!
Ah! Dá livro, uísque escocês, passagem pra Europa... Tanta coisa!

Sérgio Antunes de Freitas
13 de junho de 2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

BRAZIL FAVELA: I LOVE PARAISÓPOLIS?? O que a GLOBO está tramando?

BRAZIL: FAVELA é a salvação do mundo...

TURISMO EM FAVELA

www.google.com.br/images! Favela é isso aí?!,
Marina da Silva

Este fenômeno presente no Brasil e concentrado especialmente em São Sebastião, a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro podendo ser detectado ainda nos anos noventa do século passado, virou febre mundial tal qual a gripe suína! 
Cada vez mais empresas de turismo vêm oferecendo como opcional um city-tour extraordinário pelas favelas: “Visite a maior favela da América latina” é o convite orgulhoso da Exotic tours para uma observação in loco do modus vivendi dos moradores da Rocinha. Atualmente sete operadoras de turismo exploram e disputam encarniçadamente os mais de 2000 turistas estrangeiros por mês que se tornaram aficionados por favelas, loucos para conhecer este parque temático inexistente [ainda] em países do Primeiro Mundo.
Fotos Marina da Silva. Complexo de favelas PPL. Belo Horizonte, MG. Turismo em Belô só politiqueiro! Mas se o cliente quiser VIOLÊNCIA..."Corra que a polícia vem aí".


“A pobreza destes locais é vista, frequentemente como atrativo, o que a torna um negócio rentável que angaria, clientes que querem ver a violência de perto” afirma o portal www.notícias.portugalmail.pt/. 
www.google.com.br/images. Filme recordista de bilheteria, Tropa de Elite é uma boa indicação para quem quer adentrar no "planeta favela" carioca.

Vários sites oferecem uma aventura em favelas brasileiras modelos: de pobreza, miséria, condições de vida sub-humanas, violência, truculência e opressão tanto de milícias pacificadoras oficiais ou não e narcotraficantes que controlam, gerenciam e parasitam a vida econômica/política/social e cultural dos pobres. O que pode ser mais emocionante do que acompanhar uma incursão BOPE no estilo Aqui e Agora na TV portuguesa SIC com direito a trilha sonora do filme e um cadáver de bandido(?) no final? 

Famosos despencam aos montes para gravar vídeos alucinantes montando sets em favelas cariocas. O hit do momento foi dado por Beyonce e Alicia Keys, mas favela já serviu de cenário para o falecido Michael Jackson e a cinquentinha Madonna  e também está presente nas novelas! É viver a vida...
Para que fazer favela de cenário? Por que fazer turismo em favelas correndo o risco de “um perdido” ou uma bala perdida nos confrontos diários polícia-bandido? O que está por trás deste fenômeno que se espraia para o mundo? Curiosidade? Preocupação social, científica, filosófica, religiosa? Mera adrenalina? 
www.google.com.br/images. O astro pop eternizado em bronze na favela da Rocinha.RJ.  "E tanta gente vive sem ter o que comer..." Salve  Engenheiros!

Com cerca de 1 bilhão de miseráveis a preocupação mundial voltada exclusivamente para o aquecimento global e suas consequências para o planeta deixa-se passar ao largo o crescimento inimaginável da pobreza neste século que apenas desponta: “A generalização espantosa das favelas é o principal tema de The Challenge of slums (O desafio das favelas), relatório histórico e sombrio publicado em outubro de 2003 pelo programa de Assentamentos Humanos da Nações Unidas (UN—Habitat)”.
www.google.com.br/images. Oficialmente o Brazil tem 12 milhões de pessoas morando em favelas e 65% pertecem a classe C da Nova Classe Média Brasil. É um imenso curral eleitoral, um MERCADO CONSUMIDOR POTENCIAL.

turismo em favela vem servindo apenas para justificar a banalização e naturalização de uma realidade em expansão e denunciada: “as cidades do futuro, em vez de feitas de vidro e aço, como fora previsto por gerações anteriores de urbanistas, serão construídas em grande parte de tijolo aparente, palha, plástico reciclado, blocos de cimento e restos de madeira”. Em vez de cidades planejadas como Dubai “boa parte do mundo urbano do século XXI instala-se na miséria, cercada de poluição, excrementos e deterioração”. 
www.google.com.br/images. Dharavi, Mumbai. Índia

E “Quem foi que disse que miséria é só aqui?” A Índia segue o modelo carioca e oferece passeios em Dharavi, a favela cenário do premiado filme “Quem quer ser milionário?” No discurso daqueles que se enriquecem  explorando favelas e moradores está a importância e o dever "ético-moral-religioso-social" de dar ciência aos afortunados (que pagam em euro/dólar) dos perrengues pelos quais se sujeitam os favelados, o que também pode ser visto na piscina da varanda de hotéis, prédios ou condomínios luxuosos como está estampado na capa da revista Carta Capital de 27 de janeiro de 2010.

Otimizando o potencial turístico, espertalhões se justificam  mostrando que favela é bacana e que há gente boa vivendo nelas contribuindo assim para desmistificar que favela só tem bandido e violência! 
www.google.com.br/images. O apresentador Luciano Huck nas suas INCURSÕES pelas favelas do RJ  cultiva, com adubo de primeira[Abílio Diniz, Eike Batista, governador Sérgio Cabral...] a semente de salvador da pátria e pai dos pobres usando um caldeirão populista na Rede Globo almejando a presidência da República em 2018/2020.

Bingo! “Quem está pensando que não existe tesouro na favela” e pode ser explorado? Sustentabilidade, responsabilidade social, ecológico e politicamente correto - o mesmo discurso aplicado à exploração e expropriação daqueles que vivem do lixo e no lixo (a grande maioria favelados)- é estendido para a capitalização turística de favelas, tornando banal, natural e insólito a convivência harmoniosa e mutualística entre ostentação e luxo extremo e os bolsões de miséria!
www.google.com.br/images. "Cabral favoreceu Luciano Huck em Angra*
RIO - Alvo de ação civil pública movida pelo município de Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro em outubro de 2007 por supostos danos ambientais e construções irregulares em sua casa de veraneio, o apresentador de TV Luciano Huck é representado pelo escritório de direito do qual é sócia a primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo Cabral."

Favela é isso aí: hiperconcentração de riquezas em pequenas castas e expansão de párias e miséria em superfavelas nas Américas Norte (México), Central e do Sul, na Ásia e África. A atual fase de acumulação de capitais se dá com o uso de novas tecnologias, mas principalmente sobre a extração de mais-valia absoluta (uso intensivo de mão-de-obra barata) que se concentra aos milhões em favelas. Uma pobreza fisiologicamente criada, expandida, alimentada, estatizada, mantida e confinada nos bolsões miseráveis para garantir altas taxas de lucro aos capitalistas!
www.google.com.br/images. De lixo, degeneração, aberração  a CULT :o funk virou "patrimônio" cultural do Rio de Janeiro??
O turismo atual é apenas uma das formas de incorporar todo o potencial da miséria e justificar espacialmente o fenômeno. O que é, como surgiram, por que e para que existem favelas? No Brasil já possuímos uma explicação dada pelo prefeito carioca Eduardo Paes a uma revista: são fruto do “romantismo social” de políticos que permitiram e deixaram os pobres ocupar irregularmente, informalmente e ilegalmente as cidades. Esta promiscuidade e permissividade romântica dos políticos ajudaram os pobres, mas "sujou" a paisagem. E é dessa sujeira que se está obtendo (e quem sabe...lavando) muito dinheiro, um potencial ainda pouco explorado.  Hoje todos defendem as favelas, capitalisticamente falando, fundamentados na tese doutoral de que "As favelas podem salvar o mundo"...capitalista! Acredite...se quiser!
www.google.com.br/images. Elias Tergilene criador do "primeiro shopping popular" (Shopping UAI. BH), dono do famoso shopping OI (Oiapoque.BH).
 Com a parceria "do fundador da CUFA_Central Única de Favelas Celso Athaíde  é o idealizador do FAVELA SHOPPING - Rio de Janeiro no Complexo do Alemão. Seu objetivo é criar a rede FAVELA SHOPPING nas favelas pacificadas: "O que gosto mesmo é fazer negócios com os pobres, porque falo a língua deles". Revista Veja BH, 10 de abril, de 2013