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terça-feira, 24 de junho de 2014

BRASIL: ARISTOCRACIA INTELECTUAL UERJ versus MARIA CLARA BUBNA!

Republicando do DCM. Notícia compartilhada no meu facebook.
OS BLOGS Marina da Silva, twitter e facebook REPUDIAM COM VEEMÊNCIA OS ATOS DO PROFESSOR(?) bernado santoro.
APOIO IRRESTRITO A ALUNA MARIA CLARA BUBNA E AO COLETIVO DE MULHERES DA UFRJ

SOBRE O SILÊNCIO OU MANIFESTO PELA VOZ
Maria Clara
Maria Clara

SOBRE O SILÊNCIO OU MANIFESTO PELA VOZ
Maria Clara Bubna*
"Por muitos dias, eu optei por permanecer calada. Talvez numa tentativa de parecer madura (como se o silêncio fosse reflexo de maturidade) ou evitando que mais feridas fossem abertas, eu escolhi, nesse último mês, por vivenciar o inferno em que fui colocada com declarações breves e abstratas e conversas pessoais cautelosas. Mas se tem uma coisa que eu descobri nesse mês é que a maior dor que poderiam me causar era o meu silenciamento, o meu apagamento por ser mulher, jovem, “elo fraco” de toda relação de poder. Eu decidi portanto recuperar minha voz. Esse texto é um apelo a não só o meu direito de resposta, mas o meu direito a existir e me manter de pé enquanto mulher.
Eu nunca vi necessidade de esconder meus posicionamentos. Seja sobre o meu feminismo ou minhas preferências políticas, sempre fui muito firme e verdadeira com o que acredito. Mantive sempre a consciência de que minha voz era importante e que, junto com muitas outras vozes, seriamos fortes. Exatamente por isso, nunca vi necessidade de me esconder. Decidi fazer Direito baseada nessa minha ideia de que a união de vozes e forças poderia mudar a quantidade brutal de situações hediondas que o sistema apresenta.
Dentro da Faculdade de Direito da UERJ, acabei encontrando um professor que possui postura claramente liberal. Ele também nunca fez questão de esconder suas preferências políticas, mesmo no exercício de sua função. Apesar de ser meu primeiro ano na faculdade, passei alguns muitos anos no colégio durante os ensinos fundamental e médio e tive professores militares, conservadores, cristãos ferrenhos. Embates aconteciam, mas nunca ninguém se sentiu ofendido ou depreciado pelas suas preferências ideológicas. O debate, quando feito de maneira saudável, pode sim ser enriquecedor. Para minha surpresa, isso não aconteceu no ambiente universitário.
Ouvindo Bernardo Santoro se referir aos médicos cubanos como “escravos cubanos”, a Marx como “velho barbudo do mal”; explicar o conceito de demanda dizendo que ele era um “exímio ordenhador pois produzia muito leitinho” (sic) e que o “nazismo era um movimento de esquerda”, decidi por me afastar das aulas e tentar acompanhar o conteúdo por livros, gravações, grupos de estudo… Já ciente do meu posicionamento político e percebendo minha ausência, o professor chegou a indagar algumas vezes, durante suas aulas: “onde está a aluna marxista?”
No dia 15 de maio deste ano, Bernardo postou em sua página do Facebook, de maneira pública, um post sobre o feminismo. Usando o argumento de que se tratava de uma “brincadeira”, o docente escarneceu da luta feminista e das mulheres de maneira grosseira e agressiva. A publicação alcançou muitas visualizações, inclusive de grupos e coletivos feministas que a consideraram particularmente grave, em se tratando de um professor, como foi o caso do Coletivo de Mulheres da UFRJ, universidade em que Bernardo também leciona.
A partir do episódio, o Coletivo de Mulheres da UFRJ escreveu uma nota de repúdio à publicação do professor, publicada no dia 27 de maio na página do próprio Coletivo, chegando rapidamente ao seu conhecimento.
Foi o estopim. Fazendo suposições, o professor começou a me acusar pela redação da nota de repúdio e a justificou como fruto de sua “relação conflituosa” comigo, se mostrando incapaz de perceber quão problemático é escarnecer, de maneira pública, de um movimento de luta como o feminismo.
Fui então ameaçada de processo. Primeiro com indiretas por comentários, onde meu nome não era citado. Alguns dias se passaram com uma tensão se formando, tanto no meio virtual quanto nos corredores da minha faculdade. Já se tornava difícil andar sem ser questionada sobre o assunto.
Veio então, dias depois, uma mensagem privada do próprio Bernardo. A mensagem me surpreendeu por não só contar com o aviso sobre o “processo criminal por difamação” que o professor abriria contra mim, mas por um pedido do mesmo para que nos encontrássemos na secretaria da faculdade para que eu me desligasse da minha turma, pois o professor não tinha interesse em continuar dando aula para alguém que processaria.
Nesse ponto, meu emocional já não era dos melhores. Já não conseguia me concentrar nas aulas, chorava com uma certa frequência quando pensava em ir pra faculdade e essa mensagem do professor serviu para me desestabilizar mais ainda. Procurei o Centro Acadêmico da minha faculdade com muitas dúvidas sobre como agir. Foi decidido então levar o assunto até o Conselho Departamental que aconteceria dali alguns dias.
No Conselho, mesmo com os repetidos informes de que não se tratava de um tribunal de exceção, Bernardo agiu como se fosse um julgamento. Preparou uma verdadeira defesa que foi lida de maneira teatral por mais de quarenta minutos. Conversas e posts privados meus foram expostos numa tentativa de deslegitimar minha postura. Publicações minhas sobre a militância feminista e textos sobre minhas preferências políticas foram lidos pelo professor, manipulando o conteúdo e me expondo de maneira covarde e cruel. Dizendo-se perseguido por mim, uma aluna do primeiro período, Bernardo esqueceu-se que dentro do vínculo aluno/professor há uma clara relação de poder onde o aluno é obviamente o elo mais fraco.
Eu, enquanto aluna, mulher, jovem, não possuo instrumentos para perseguir um professor.
O Conselho, por fim, decidiu pela abertura de uma sindicância para apurar a postura antipedagógica de Bernardo. Não aceitando a abertura da sindicância, o professor, durante o próprio Conselho, comunicou que iria se exonerar e deixou a sala.
Foi repetido incansavelmente que a questão para a abertura da sindicância não era ideológica, mas sim sobre a postura dele como docente. Bernardo, ao que parece, não entendeu.
No dia seguinte, saiu uma reportagem no jornal O Globo sobre a questão. O professor declara que eu sempre fui uma “influência negativa para a turma”. Alguns dias depois, a cereja do bolo: seu amigo pessoal, Rodrigo Constantino, publicou, em seu blog na Revista Veja, uma reportagem onde eu era completamente difamada e exposta sem nenhum aviso prévio sobre a citação do meu nome. A reportagem por si só já era deprimente, mas o que ela gerou foi ainda mais violento.
Comecei a receber mensagens ameaçadoras que passavam desde xingamentos como “vadia caluniadora” até ameaças de “estupro corretivo”. Meu e-mail pessoal foi hackeado e meu perfil do facebook suspenso.
A situação atual parece estável, mas só parece. Ontem, no meu novo perfil do facebook, recebi mais uma mensagem de um homem desconhecido dizendo que eu deveria ser estuprada. Não, eu não deveria. Nem eu nem nenhuma outra mulher do planeta deveria ser estuprada, seja lá qual for o contexto. Nada nesse mundo justifica um estupro ou serve de motivação para tal.
Decidi quebrar o silêncio, romper com essa postura conformista e empoderar minha voz. É preciso que as pessoas tenham noção da tensão social que vivemos onde as relações de opressão estão cada vez mais escancaradas e violentas.
Em todo esse desenrolar, eu me vi em muitos momentos me odiando. Me odiando por ser mulher, me odiando por um dia ter dado valor à minha voz. Me vi procurando esconderijos, me arrependendo de ter entrado na faculdade de Direito, de ter acreditado na minha força. Me detestei, senti asco de mim. Mas eu não sou assim. Eu sou mulher. Já nasci sentindo sobre mim o peso da opressão, do machismo, do medo frequente de ser violada e violentada. Eu sou forte, está na minha essência ter força. E é com essa força que eu escrevo esse texto.
Estejamos fortes e unidos. A situação não tende a ficar mais mansa ou fácil. Nós precisamos estar juntos. É essa união que vai criar rede de amor e uma barreira contra essas investidas violentas dos fascistas que nos cercam. Foi essa rede de amor e apoio que me manteve sã durante esse mês e é essa rede que vai nos manter vivos quando o sistema ruir. Porque esse sistema está, definitivamente, fadado ao fracasso.
Abrace e empodere sua voz." Grifos Marina da Silva.
Maria Clara Bubna
Rio de Janeiro, junho de 2014.
**************************************************************
*Maria Clara Bubna, 20 anos, é estudante do 1° período de Direito na UERJ e integra o Coletivo de Mulheres da sua Universidade. Ela era – até ele pedir exoneração – aluna do Professor Bernardo Santoro, autor de uma postagem de conteúdo debochado e pra lá de machista feita, publicamente, em seu facebook, e repudiado, recentemente, e com toda a razão, pelo Coletivos de Mulheres da UFRJ, outra Universidade na qual Bernardo leciona. Depois disso, Bubna diz que passou a ser perseguida pelo professor. Ele afirma o contrário, mesmo estando hierarquicamente, acima da aluna, em sua relação dento da Universidade, e atribui a autoria do repúdio à Bubna e seu Coletivo, embora a Nota de Repúdio tenha sido publicada por outro Coletivo Feminista, de outra Universidade, a UFRJ. A estudante ficou um tanto surpresa e assustada com o rumo que o assunto tomou e a repercussão que teve, mas resolveu quebrar seu silêncio e contar sua versão da história em seu depoimento intitulado “Sobre o Silêncio ou Manifesto pela Voz”, que reproduzo, na íntegra, logo abaixo.
“Parabéns” sqn, Professor Bernardo Santoro! O Senhor conseguiu ficar famoso como o machistinha mais comentado das redes sociais dos últimos dias! Melhor repensares o conteúdo das piadas que levas à público, uma vez que és pessoa pública e formador de opinião. Recomendo mais cautela. E parabéns, de verdade, a ti, Maria Clara Bubna, que optou por não ficar calada, apesar de, como tu mesma disseste no teu manifesto, seres “o elo mais fraco desta relação”, por seres aluna, por seres mulher, por seres ainda muito jovem.
Segue o Manifesto de Maria Clara Bubna:

domingo, 22 de junho de 2014

BRAZIL CORRUPÇÃO: SALÁRIO MÍNIMO DIGNO, ÉTICO, MORAL E DECENTE???

A FALÁCIA DO MÍNIMO

Marina da Silva

Fonte: WWW.google.com.br/images.

Se buscarmos o significado da palavra falácia num bom dicionário, iremos descobri-la à época do sábio Aristóteles significando um raciocínio falso que simula veracidade, um sofisma. Na linguagem comum, falácia é o mesmo que engodo, embromação, mentira, enganação, falsidade e cai como luva quando se desvenda a estória ou a falácia do salário mínimo no Brasil. No nosso país a falácia é condição necessária, imprescindível para atuar na política, salvo, frise-se bem, raríssimas exceções.
A falácia do salário mínimo começa com a mentira de que foi instituído por graça e obra de Getúlio Vargas, o pai dos pobres. Todas as lutas dos trabalhadores, os conflitos, as greves e mortes que antecederam à sua instituição, em 1º de maio de 1940, são esquecidas(?) ou relegadas a um segundo plano.
Registro fotográfico dos protestos que tomaram conta de São Paulo em 1917
http://www.brasilescola.com/historiab/movimento-operario-brasileiro.htm"Registro fotográfico dos protestos que tomaram conta de São Paulo em 1917".

O salário mínimo, historicamente falando, foi instituído, em 1º de maio de 1940, entrou em vigor em julho do mesmo ano e correspondia a 240 mil réis. Nessa época cerca de um milhão de trabalhadores ganhavam menos que esse valor.
Se acompanharmos a evolução do salário mínimo e do crescimento econômico do Brasil no século XX percebe-se claramente “uma taxa intencional – insistimos no intencional – medíocre para o salário mínimo, fato que se reproduz, com outras magnitudes, para todos os rendimentos do trabalho”. (Seminário Salário e desenvolvimento, Campinas: 28/29-04-05).*
PRESSÃO Bem antes da CLT, o Brasil viveu momentos de conflito intenso entre trabalho e capital. Paralisações, como a de 1917, já apontavam necessidade de um mínimo de garantias. Na foto, enterro do sapateiro Martinez (Foto Acervo Iconographia)
http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/83/mais-para-a-esquerda

Da metade do século XX até os dias atuais, o país industrializou-se, cresceu, transformou-se numa das dez potências econômicas do planeta! Nos anos 70 tivemos até um “milagre econômico” e tudo graças à exploração, expropriação e miséria dos trabalhadores, do povo brasileiro.
O caminho da riqueza aqui produzida sempre esteve voltado para a concentração nas mãos de uns poucos em detrimento da nação inteira. Sempre fomos enganados com a falácia de deixar o bolo crescer para depois reparti-lo acreditando ser impossível crescimento econômico e desenvolvimento social simultâneos. A teoria balizava e justificava a prática exploratória absurda e desumana.
http://jornalismosindical.wordpress.com/historia-sindical-brasil/ Lula, um dos principais líderes do movimento e história do sindicalismo na década de 70.
"No dia 12 de maio de 1978, os trabalhadores da Saab-Scania do Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), entraram na fábrica, bateram o cartão de ponto, vestiram seus macacões, foram para os seus locais de trabalho diante das máquinas, mas não as ligaram: cruzaram os braços. No momento, eles não poderiam imaginar que com aquele gesto, aparentemente simples, estavam abrindo o caminho de uma nova proposta sindical para o Brasil. A greve desafiou o regime militar e iniciou uma luta política que se estendeu por todo o país." 

Com os dados abaixo, corrigidos para março de 2005, fonte do seminário acima citado, cujo objetivo era nortear as políticas públicas de recomposição da renda do salário mínimo, fica límpido e claro o grau da exploração no Brasil.
Em 1943 o salário mínimo correspondia a R$901,78; em 1942 sofreu dois reajustes e só voltou a aumentar devido a greves entre 1951-1959 chegando a R$1.106,05, fase da industrialização brasileira.
De 1959 a 1964 manteve-se relativamente estável. Nos vinte anos da ditadura militar – 1964 a 1984, os trabalhadores além de amordaçados e violentamente reprimidos viveram estressados com o arrocho salarial. O poder de compra do salário mínimo despencou atingindo 56% do valor aquisitivo do salário criado em 1943.
No período entre 1983-1991 a falácia do dragão da hiperinflação, da “década perdida”, do crescimento pífio do PIB, o salário era atacado a gatilho e a especulação financeira estava over justificando maior exploração e concentração de renda. O mínimo chegou a valer cerca de 43% do salário de 1940 e dá-lhe planos! O cruzeiro virou cruzado, cruzados novos e cruzeiro novamente. Em 01-11-1985 o mínimo valia 600.000 cruzeiros e na mudança da moeda caiu para 804,00 cruzados/ 01-03-1986.
                                                  www.google.com.br/images.

O país da “década perdida” empobreceu a população fazendo emergir uma nova classe endinheirada, os podres de ricos emergentes.
No governo Collor/Itamar a coisa ficou pior; o salário mínimo chegou a valer 25% do valor de julho de 1940 e tome mais planos e mudança da moeda. Para justificar a exploração do trabalho, Collor elegeu o funcionalismo público como bode expiatório. Os altos salários pagos pelo governo aos marajás justificavam a minimização contínua do salário mínimo e de qualquer renda vinda do trabalho.
www.google.com.br/images. Vera Loyola, ícone da riqueza emergente da "década perdida".
Vera Loyola (nascida em 26 de junho de 1947) é uma socialite carioca.Ex-empresária do ramo de padarias, ficou muito conhecida na mídia por excentricidades como o pomposo aniversário que fez para uma de suas cadelas (tem duas, Pepezinha e Perepepê), assim como por usar peles em lugar de capachos no seu carro. Outro caso que causou alvoroço, foi quando Vera tirou de uma de suas cadelas um colar de ouro de 18 quilates para doá-lo ao programa "Fome Zero" do Governo Federal. Em entrevista ela justificou: "Não acho justo que a minha cachorrinha ande por aí com colar de ouro enquanto milhões de pessoas passam fome no Brasil".

Na fase FHC, 1994-2002 criou-se a URV. O salário mínimo valia em 01-02-1994 42.829 cruzeiros, caiu para 64,79 URV. Outro plano, Real, e o mínimo ficou capengando desde então, sufocado pela política dos juros altos, do custo Brasil, do risco Brasil, da ideia maluca de que não se deveria pagar mais de 100 dólares de salário, mesmo quando se perdeu o controle do câmbio, e do discurso sócio e lógico de “não negociamos perdas passadas”. O país ficou imerso na falácia do déficit da previdência, da dívida pública, da máquina burocrática inchada, do estatismo, da lentidão das reformas urgentemente necessárias, principalmente sobre a legislação trabalhista.
www.google.com.br/images. FHC, ex presidente do Brasil, imortalizado pela principal obra: taxar aposentados jovens como "preguiçosos", vagabundos. É o pai da teoria da dependência ao Norte (leia-se EUA), o mesmo que capitalismo co-responsável de base PPP's [parceria público privada] ou socialismo possível [o mínimo possível de investimento em saúde, educação, segurança pública, transporte, habitação, etc]. 


Lula chega a presidência com o povo esperando o máximo, especialmente os trabalhadores e o mínimo foi só 240 reais. Um ano depois, em 2004 o salário subiu mais e pouquíssimo chegando a valer 32% do salário de 1940.
2005: depois de muito qüiproquó e bate boca, o mínimo passa para 300 reais, ou seja, 1/3 do salário do paizão Getúlio Vargas.
 Em 2006 chegamos milagrosamente a 350 reais e em 2007 a 380 reais. E tome falácia sobre o envelhecimento da população, da dívida pública, do rombo da previdência, do crescimento pífio e o problema da reciclagem, do aquecimento global, a baixa audiência dos BBB’s, pois desde a publicação dos novos números fantásticos do IBGE sobre crescimento econômico, crescimento populacional e renda per capta do Brasil nos últimos dez anos, está faltando desculpas convincentes e imaginação para justificar o absurdo do mínimo que é “doado” como salário aos trabalhadores, num país que cresce como um iceberg, escondendo a monstruosidade da riqueza produzida pelo suor, sangue, saúde e até morte dos brasileiros.
“80% da população recebe na faixa de 500,00 reais por mês. Em 2003, dos 69 milhões de pessoas ocupadas, 22 milhões ganhavam até um salário mínimo e 42,6 milhões até dois salários mínimos”. Em 2005 14,5 milhões de benefícios da previdência correspondiam a um salário mínimo”. (Seminário...2005)
Ainda deve ser levado em conta as 18, 33 ou 55 milhões de pessoas (dependendo do governo os dados mudam, basta relembrar o Rubens Ricupero, o manipulador de dados) vivendo abaixo da linha da pobreza, com menos de dois dólares por dia; ou os dados de uma pesquisa do IBGE (17-05-2006) sobre Segurança Alimentar denunciando 72 milhões de brasileiros vivendo na maior insegurança alimentar, matando cachorro a grito, vendendo o almoço para comprar a janta ou simplesmente vivendo de brisa e luz. Os trabalhadores ainda tem, ministério do Trabalho, Justiça do trabalho, uma central única, mas que não está com esta força sindical toda!


www.google.com.br/images.
 “Com a estabilização após o Plano Real, o salário mínimo teve ganhos reais ainda maiores, totalizando 28,3% entre 1994 e 1999.  Há duas conclusões importantes a destacar a partir dos dados que mostra a evolução histórica do salário mínimo desde 1940. Em primeiro lugar, ao contrário de manifestações muito corriqueiras de que o poder de compra do salário mínimo seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram que não houve perda significativa.  Em segundo, foi com a estabilização dos preços a partir de 1994 que se consolidou a mais significativa recuperação do poder de compra do mínimo desde a década de 50. Em 2008 o Presidente Lula resolveu "arredondar" o valor do salário mínimo que seria pouco mais de R$ 413,00 para R$ 415,00. Em 2009 o reajuste deu-se desde 01 de fevereiro (R$ 465,00) e, em 2010,Dilma a partir de 01 de janeiro e o salário R$ 510,00,  2011 no mínimo R$545,00; 2012 vai para R$622,00 (pena que o mundo não acabou!); em 2013 chegamos a fantástica cifra de R$678,00. Ganhamos a World Cup 2014 e Olimpíadas 2016, mas o salário mínimo não atingiu o PADRÃO FIFA, ficou nos reles R$724,00!
Foto Marina da Silva. Junho de 2013. Revoltas do busão. Corrupção, superfaturamento nas obras da Copa, morosidade na conclusão de obras públicas, obras meia-boca, descaso com a população, desmando da FIFA sobre a soberania do Brasil: explodiram em todo o país revoltas e manifestações dando um BASTA!

Basta de falácia! Chega de aplicar no trabalhador o 1º de abril como salário! R$724,00 na superpotência econômica 2014 contra R$901,78 de 1943? Na política para todos o estado do salário será Mínimo? A população deixou “o homem trabalhar”, fazer o necessário, o possível e agora com super Dilma, primeira mulher presidenta de um dos países mais importantes do mundo, é a hora e vez do prometido impossível! O trabalhador esperou, a hora  chegou! 
www.google.com.br/images. Tem petrodólares e petrorreais fugindo pelo ladrão!

Os dados estão aí: a economia cresce acima dos 5.5% há uns bons anos, cresceu mais de 7.5% em 2010 e continuará crescendo! Nos próximos anos, os economistas de Leitão, ops, plantão nublam nosso céu de brigadeiro para a economia,mas ainda chove elogios do exterior e emprestamos dinheiro  até do FMI! Não dá mais para esconder da nação o sol dourado do PIB ou a produção do crescimento das nossas riquezas (US$ 3 trilhões-2008; US$ 3.143 trilhões-2009; US$ 3.5 trilhões-2010; US$2.477 trilhões em 2011; US$ 2.254 trilhões em 2012), da realidade dos “petrorreais” que insiste em raiar sobre cortinas de chumbo, fumaça, novelas e BBB’s.

Fotos Marina da Silva. Manifestações: Basta de corrupção. Belo Horizonte,MG.

O PROFESSOR É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE MEXEU COMIGO! Uma das frases cantadas nas manifestações. Em homenagem aos professores UM DIÁLOGO ESCLARECEDOR:
  • "Adoro futebol e copas do mundo. Mesmo sequelado de pólio joguei 17 anos no campo do ICA/381. ME APOSENTEI DO MAGISTÉRIO, COM UM PROFESSOR SOCIÓLOGO E O "MEU PT NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E MAIS DE 30 MINISTÉRIOS" E GANHANDO MENOS DO QUE QUANDO INICIEI NA CARREIRA EM 1974.(5,6 SALÁRIOS MÍNIMOS). VIVA O FUTEBOL NO BRASIL...IL...IL!
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  • Luiz Fernando Carceroni José Silva - Eu também sou professor e ganhava o mesmo. Entretanto, em dólares, ganhávamos US$ 315,00, já que o SM valia US$ 56,00 em dez de 1974. Na verdade ganhávamos menos do que um salário mínimo de hoje - que vale US$ 324.00 O governo do PT valorizou o salário mínimo. Meu caro, a miséria no Brasil era profunda e vergonhosa. Não há termos de comparação!..
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  • Jose Silva Meu caríssimo amigo Cinando, te admiro desde que o conheci na luta em 1979. UM BEIJAÇO NO MEIO DO SEU CORAÇÃO. Meu caríssimo, nós lutamos pela valorização do profissional DE DUCAÇÃO e qualquer que sejam os valores de ontem ou de hoje, eu me refiro ao covarde desinteresse pela educação e, salário de professor é apenas consequência desse desinteresse. Seja PSDB inimigo declarado dos professores(Aécio Neves e sua corja) ou PT que deveria respeitar aqueles que lutaram pela sua composição e existência em MG sacrificando até o mísero contracheque em camisetas, botons e bandeiras vermelhas. Ouvir do Deputado federal, Paulo Delgado que deveríamos trabalhar na rede privada para ganhar mais(Radio Itatiaia), foi uma punhalada nas costas.NÃO CLAMO PELOS SALÁRIOS DE NOSSOS DEPUTADOS E SENADORES, CLAMO POR RESPEITO O QUE DEVERIA VIR EXPRESSO NUM CONTRACHEQUES DECENTE E PELOS NOSSOS COMPANHEIROS, HOJE ALVO DE CADEIRADAS, FACADAS TIROS E OUTROS ELOGIOS. O NOSSO GOVERNO PODE EMPRESTAR DINHEIRO AOS PAÍSES AFRICANOS, PERDOAR DÍVIDAS, PROMOVER UMA COPA DO MUNDO SEGUINDO RELIGIOSAMENTE O PADRÃO FIFA, NÃO ASSUME O MAIS OBIVIO CAMINHO DE DESENVOLVIMENTO SÓLIDO QUE É ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E OS PROFESSORES SÃO A MÃO DE OBRA INDISPENSÁVEL AOS PROCESSOS EDUCACIONAIS."COMO SOU TEIMOSO, CABEÇUDO, LÁ DO INTERIOR DO MATO, DA CAATINGA E DO CERRADO, AINDA VOTAREI NO PROJETO SOCIAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES O MEU "PT". AÉCIO, NUNCA!!!



*Fonte: SEMINÁRIO: Salário Mínimo e Desenvolvimento. ABET, CESIT, CUT, DIEESE, IE/URFJ, INSTITUTO DE ECONOMIA/UNICAMP, PROLAM/USP. "NO MÍNIMO, O MÁXIMO DE DIGNIDADE".

Salário mínimo na era REAL: FHC/LULA/DILMA


Salário Mínimo Brasileiro:
 
VIGÊNCIA
FUNDAMENTO LEGAL
VALOR


01/01/94
Port. Interministerial 20/93
CR$32.882,00
01/02/94
Port. Interministerial 02/94
CR$42.829,00
01/03/94
Port. Interministerial 04/94
URV 64,79 = R$64,79
01/07/94
MP 566/94
R$64,79
01/09/94
MP 637/94
R$70,00
01/05/95
Lei 9.032/95
R$100,00
01/05/96
R$112,00
01/05/97
                
R$120,00
01/05/98
                
R$130,00
01/05/99
                
R$136,00
03/04/00
MP 2019 de 23/03/00 e 2019-1 de 20/04/00 Convertidas na Lei nº 9971, de 18/05/2000.
R$151,00
01/04/01
                    
R$180,00
01/04/02
Medida Provisória n° 35
publicada no D.O.U. em 28.03.2002
R$ 200,00
01/04/03
Lei n° 10.699,
de 09.07.2003
R$ 240,00
01/05/04
Lei n° 10.888,
de 24.06.2004
R$ 260,00
01/05/05
Lei nº 11.164,
de 
18.08.2005
R$ 300,00
01/04/2006
Lei nº 11.321,
de 
07.07.2006
R$ 350,00
01/04/2007
Lei nº 11.498,
de 28.06.2007
R$ 380,00
01/03/2008
Lei nº 11.709,
de 19.06.2008
R$ 415,00
01/02/2009
Lei nº 11.944,
de 28.05.2009
R$ 465,00
01/01/2010
Lei nº 12.255,
de 15.06.2010
R$ 510,00
01/03/2011
Lei nº 12.382,
de 25.02.2011
R$ 545,00
01/01/2012
Decreto nº 7.655,
de 23.12.2011
R$ 622,00

01/01/2013
 
Decreto nº 7.872,
de 26.12.2012
R$ 678,00
01/01/2014
Decreto nº 8.166,
de 23.12.2013
R$ 724,00
FONTE: http://www.portalbrasil.net/salariominimo.htm#sileiro

“(...) a quantia só foi estabelecida em 1º de maio de 1940, e passou a vigorar dois meses depois, com o valor de R$ 1.202,29, corrigida a preços de janeiro de 2011.”
“Centrais e oposição já admitem derrota na votação do mínimo”
“O líder do DEM, deputado ACM Neto (BA), que defende o valor de R$ 560, culpa a presidente Dilma Rousseff de ter "feito um balcão de negócios". "É o imperialismo de Dilma, que diz que quem não votar não terá cargos, é lamentável", afirmou o democrata. “
“Dilma usa 2º escalão para aprovar mínimo de R$ 545”

“O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que o governo começou de forma "autoritária" sua relação com o Congresso Nacional. O ataque provocou reação imediata do alto comando petista. O tucano mineiro apontou ao menos duas manifestações que, na sua opinião, demonstram autoritarismo. A primeira, declaração do ministro de Assuntos Institucionais, Luiz Sérgio, segundo a qual "a ordem” era que a base votasse os R$ 545 do salário mínimo.”

H  I  S  T  Ó  R  I  Ahttp://www.portalbrasil.net/salariominimo.htm#sileiro

Histórico do Salário Mínimo

Impactos do Aumento do Salário Mínimo
Redução da Pobreza e Mercado de Trabalho Histórico do salário mínimo no Brasil

quarta-feira, 18 de junho de 2014

BRAZIL: RUMOREJANDO COM RIMAS PRIMAS!

RUMOREJANDO

JOSÉ [JUCA] ZOKNER
PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Não se pode confundir instinto com distinto, até por que, quem 

dá vazão “porque sim e tá acabado” ao seu instinto, sem 
levar em conta se está sendo, ou não, distinto, poderá vir
 a cometer desatinos, despautérios, burradas, despropósitos 
e ser reprovado em algum eventual exame ao querer entrar 
para uma carreira diplomática ou outras carreiras onde se 
exige mais refinamento que os colunistas sociais, de certa época, 
diriam de “gente bem”. A recíproca para esses casos, até pode 
ser verdadeira como, por exemplo, o sujeito ser considerado
 distinto só porque teve o instinto de querer beijar a sogra. Vige!
Constatação II (De uma dúvida crucial).
A raiz dos fatos é o que causa mais a raiz dos problemas? 

Ou é o revés? Quem souber informar, por favor, comentários 
no blog. Obrigado.
Constatação III (De outra dúvida não necessariamente crucial).
Na constatação anterior será que é possível colocar a expressão

 “a raiz dos” em evidência? Caso seja possível, a frase 
ficaria assim: (a raiz dos)(fatos é o que causa+problemas?). 
Quem achar, ou não, que sim, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação IV (Sem dúvida alguma).
Rumorejando
Também 
Quer
Dar
Seu depoimento
Ao colocar
Uma interrogação:
Alguém
Por qualquer
Momento,
Estando
Em perfeita
E aceita
Condição
Mental,
Conhece
Algo mais sensacional
Dessa cheirosa,
Olorosa,
Formosa,
Mimosa, 
Menção
Honrosa
Raramente 
Nebulosa,
Que a gente
Tanto
Enaltece,
Flor 
Que é a mulher?
Portanto,
Caro leitor,
Sinceramente,
O que lhe parece?
Constatação V
Não se pode confundir ternura com torneira, tendo em 

vista que nem sempre quando o governo abre a torneira 
das aplicações em publicidade isso queira dizer que está 
agindo com ternura, exceto para quem são os donos das 
empresas de publicidade. A recíproca não é 
necessariamente verdadeira, principalmente nos casos
 de partidos políticos que depois das eleições ‘esquecem’ 
(esquecem?) de pagar os seus débitos às retro mencionadas
empresas. Aí seria, com perdão aos prezados leitores pelo 
neologismo, inspirado no inolvidável, imemorável, inesquecível 
“imexível”, uma ‘desternura’. 

Constatação VI (De diálogos futebolísticos).
-Você foi ao campo do Atlético para assistir o jogo 

Irã contra a Nigéria?
-Não. Não fui.
-E não assistiu pela televisão?
-Tampouco. Mas por que você pergunta?
-Para saber se você, como torcedor do Atlético, 

não ficou curioso para ver como ficou a Arena 
da Baixada.
-Curioso, eu efetivamente fiquei. Porém não vai 

faltar oportunidade.
-Mas se ficou curioso então por que não foi?
-Porque eu não tenho pecado para pagar para ficar 

assistindo um ‘clássico’ dessa natureza ou o jogo do
 Brasil com o México. Como você sabe, acabaram 
empatados de 0 X 0.
Ah bom, quer dizer...
Constatação VII
A poliglota
Numa espécie de lengalenga
E em um idioma capenga
Só contava lorota.
Constatação VIII (Recitativo há mais de 500 anos factível 

todo este tempo).
O governo empacou;
A corrupção ainda não se evaporou;
A Saúde piorou;
A Segurança nos abandonou;
E a Educação soçobrou.
Constatação IX
Não se pode confundir liberdade de expressão com

 propaganda e/ou manifestação racista. O jogador 
da Italia, Balotelli, que também o diga...
Constatação X (Pequenas comparações de mentiras 

consagradas e aceitas).
-Tão obedecido como “venda sob prescrição médica”.
-Tão verdadeiro como promessa de político.
-Tão original como as cartas: “Espero que estas mal traçadas

 linhas vão encontrá-la
  gozando a mais perfeita saúde junto aos seus”.
-Tão incomum quanto crítico de uma partida de futebol, 

dependendo do resultado, 5x4,  por exemplo, dizer que os
 ataques superaram as defesas.
-Tão empulhadores como as reuniões dos países ricos para 

tratar da distorção da renda,  da pobreza e da respectiva
ajuda dos países, da concentração da renda, etc.
-Tão verdadeiro como a negativa que não há desmatação 

na Amazônia.
-Tão franco como: “Depois a gente casa”.
-Tão utópico como: Segunda-feira, dia 1º. eu começo o regime

para emagrecer.
-Tão sincero tal e qual: “Como você está linda, amiga!”
-Tão privativo, como não estar sentado no trono.
-Tão imerecido como o laudatório numa tumba.
-Tão certo como: “O apoio do nosso partido é totalmente 

desinteressado e patriótico”.
-Tão honesto como o empregador que desconta o INSS 

dos seus empregados e não 
  recolha a quem de direito.
-Tão nunca mancomunado com a empreiteira que realizou

 a obra com sobrepreços.
-Tão decente que contratava empresas físicas e jurídicas 

para prestar serviços e no final
  ia protelando o pagamento até que as pessoas desistissem 

de cobrar.
-Tão concorde com: “Você tem toda razão, mas veja, 

necessariamente você tem que levar em         conta, blábláblá...
Constatação XI
Quem assistiu aos filmes antigos de faroeste deve se lembrar 

de que os mocinhos (Gary Cooper, John Wayne, Errol Flynn, 
Tyrone Power, Glenn Ford, Alan Ladd, etc.) sempre estavam 
bem barbeados o que não acontecia com os que faziam papel 
de bandidos (Ernest Borgnine, Lee Marvin, Jack Palance, uma 
vez Henry Fonda, etc.). 
Mais tarde os faroestes italianos mudaram estes estereótipos. 
Este assim chamado escriba que costumava assistir tais filmes 
e, ingenuamente, achava os índios os bandidos (estou me penitenciando)
 torcia para os assim chamados heróis. Tanto que eu achava que
 jamais usaria barba e bigode. No entanto, em 1970, passei a 
usar barba e não era com a intenção de se esconder dos credores 
e/ou da polícia. Era por causa da pele sensível que fazia sangrar 
fosse com uso de navalha, gilete, barbeador. A barba, conforme 
assinalei, nasceu em 1970, o que perfaz 44 anos de seu uso. 
Aí aconteceram vários apelidos que persistem, principalmente 
depois do seu embranquecimento, juntamente com o cabelo: 
Papai Noel, Karl Marx, Noé – o da arca –, Moises – o dos 
Dez Mandamentos –, Hermeto Pascoal, Leonardo Boff, 
que uma jornalista gaúcha veio me entrevistar, como se 
eu fosse ele, um dia que eu estava no Aeroporto em Porto 
Alegre, Gandalf – do filme O Senhor dos Anéis, Matusalém,
 um brasilianista que já não recordo o nome e por aí vai. 
O de Papai Noel é utilizado por crianças e adultos. Alguns
 pais ficam constrangidos, quando os filhos, ao me apontarem, 
dizem: “Pai, mãe, olha lá o Papai Noel”. É evidente que eu 
entro no esquema e pergunto, se for para uma menina, se 
ela gostou da boneca que eu dei; e, se menino, um carrinho.
 O índice de erro é, de modo geral, pequeno... Quanto ao 
constrangimento dos pais, eu digo a eles que não foi a primeira
 criança e não será a última a me chamar daquela maneira.
 O que os, digamos, acalma. Com ralação a Karl Marx, vale 
lembrar a pessoa do amigo Walmor Marcelino, lamentavelmente
 já falecido, que era considerado mais marxista do que 
o próprio Marx, tendo concorrido por partidos de Esquerda
 a cargos públicos, cá em Curitiba. Walmor sempre me dava
 afetuosos abraços. Mais tarde, vim a descobrir que 
ele não abraçava o Juca, mas Karl Marx... Enfim, 
tenho que me considerar feliz por não me acharem parecido com Fernando Collor de Melo, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Salim Maluf, 
Jader Barbalho, Lula, Renan Calheiros e por aí afora. Vige!
Constatação XII
Dizem os entendidos que quem demonstra superioridade, 

nada mais é que uma pessoa que tem complexo de inferioridade.
 Até aqui, tudo explicado. O que é grave no comportamento
 da tal superioridade é quando o cara, metendo toda àquela 
panca, vem eivado de asneira e burrice. Vige!
Constatação XIII
Além do trabalho escravo que volta e meia é detectado

 em nosso país, mormente nas fazendas, áreas agrícolas,
 grandes extensões de terras de latifundiários, existem
 outras espécies de exploração: Os banqueiros, a fim de 
continuarem tendo os lucros pornográficos de pelo menos
três bilhões por trimestre, não colocam mais funcionários 
para o atendimento das partes, não se importando
 com o tempo que as pessoas ficam, em pé, aguardando 
a vez, ainda que existam leis proibindo que ultrapassem 
determinado tempo. Mas como sempre, em nosso país:
 A lei, ora a lei... Dessa maneira, exigem dos funcionários 
desempenho que, muitas vezes, obriga tais funcionários 
a levar trabalho para casa. Quando inicia a Copa do Mundo,
 os políticos, governantes exigem que os jogadores “deem o
 sangue”, para a vitória. Bem, nesse caso, com o salario deles,
 não só os políticos e os governantes, mas também os torcedores.
 Seja lá como seja, o esforço sempre deve ser de terceiros... 
Constatação XIV (De um pseudo-soneto).

            Coitado! Coitado?


Sem comunhão de bens eles casaram,
Pois ele nunca participou com algo.
Depois de um tempo se divorciaram.
Ele metia panca como se fora fidalgo.

Na realidade ele não queria nada com nada
Apenas viver ao Deus dará, ao puro ócio.
Só queria estar ao léu, e na patuscada* 
E pior, era um imbecil, um beócio**.

A mamata, incontinente, havia acabado.
O fato deixou-o depressivo, prostrado,
Além de macambuzio e meditabundo.

Ao invés de almejar, querer mudar de vida,
Ele procurou alguém para nova investida.
Ninguém mais topou e ele virou errabundo***.

*Patuscada = 1. Ajuntamento festivo de pessoas para comer e beber;
 comedela,
  comedoria, comezaina. 
2. Pândega, folgança, farra (Aurélio)
**Beócio = 2. Fig. Curto de inteligência; ignorante, boçal. (Aurélio).
***Errabundo = Errante (Aurélio).

RICOS E POBRES
Constatação I
Rico tem relacionamento social; pobre tem assecla.
Constatação II
Rico deglute mel; pobre, empurra goela abaixo o fel.
Constatação III
Rico impinge; pobre, aceita.
Constatação IV
Rico tem eventual lapso de memória; pobre, é cabeça de vento.
Constatação V
Rico tem empáfia exacerbada; pobre, timidez atávica.
Constatação VI
Rico é valente na teoria; pobre, como os policiais militares, por exemplo, 

tem que ter valentia para defender os ricos.
Constatação VII
Rico sofre de narcolepsia*; pobre, chega tarde a casa porque mora 

longe e tem de acordar cedo para não ser descontado por chegar tarde ao serviço.
*Narcolepsia = Substantivo feminino. 
1.Neur. Doença (1) caracterizada por períodos de sono breves, 

repetidos e incontroláveis; de etiologia desconhecida, pode 
manifestar-se associada a alucinações hipnagógicas, cataplexia
 e paralisia do sono (Aurélio).
Site: www.rimasprimas.com.br