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quarta-feira, 10 de abril de 2013

BRAZIL: RUMOREJANDO...


RUMOREJANDO

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 www.rimasprimas.com.br

José [Juca] Zokner 

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.

Constatação I (Esclarecimento assaz necessário ou adendo às recomendações papais).
Deu na mídia: “Papa ressalta a importância da confissão”. No entanto, o Papa não esclareceu que tal proceder deve ser feito para os padres da paróquia, já que estes mantém o segredo da confissão. Afinal, se o marido, ou a mulher, confessar ao seu cônjuge o que anda fazendo, poderá, até, dar bode.
Constatação II (De diálogos conjugais).
-“Eu queria comer uma manga, mas não queria comer uma inteira. Você come a metade?”
-“Como”.
-“Eu queria comer uma manga, mas não queria comer uma inteira. Você come a metade?”
-“Já disse que sim”.
-“Ah, bom. Eu havia entendido que você não havia escutado, já que nunca presta atenção ao que eu falo, pois não tira os olhos da tela desse maldito computador”.
-“Como?”
Constatação III (Teoria da Relatividade para principiantes).
É muito melhor que roubem os cabos telefônicos do seu bairro, impedindo, dessa maneira, que você possa se comunicar por esse meio do que você ser sequestrado, ficando, na melhor das hipóteses, incomunicável...
Constatação IV
Quem não conhece a Literatura de Cordel, particularmente um dos seus maiores autores, Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido pelo pseudônimo de Patativa do Assaré, ou do professor Paulo Roxo Barja (
http://cordeisjoseenses.blogspot.com.br/) não sabe o que está perdendo. Tenho dito!
Constatação V
Ela fazia
Firula
Enquanto 
Ele, em pranto,
Lia
A bula
Do remédio
Contra assédio*.
* Perdão, estimados leitores, mas não foi possível detectar qual tipo de assédio. Tão logo Rumorejando se inteire do tipo providenciará incontinente o repasse para conhecimento dos seus estimados retro mencionados leitores.
Constatação VI
Rico tergiversa; pobre, enrola.
Constatação VII (De diálogos entre não revelados).
-“Qual a semelhança entre marginais e certos vizinhos pianistas?”
-“Não sei”.
-“Ambos agridem”.
-“Ah bom, quer dizer, ah ruim, quer dizer, ah ruim, mesmo”.
Constatação VIII (De uma quadrinha que pode ser recitada por aí, ou não. Você decide).
O leite de cabra é tão calórico
Que o cara que toma engorda
E fica um bonachão eufórico
Que por aí, pinta e borda.
Constatação IX
Rica rebola; pobre saracoteia.
Constatação X
Deu na mídia, mais precisamente na Sic Notícias (Portugal): “Em três meses de funcionamento, o sistema informático que permite a notificação de eventos adversos em instituições de saúde já registrou cerca de 80 erros médicos. As notificações mais recorrentes dizem respeito a "comportamentos", "quedas" e "infecções associadas aos cuidados de saúde". Os dados foram inseridos de forma anônima por qualquer cidadão, incluindo médicos, enfermeiros e farmacêuticos. O objetivo é analisar as situações relatadas e corrigi-las no futuro sem punir os profissionais de saúde em causa. A inscrição dos hospitais e centros de saúde neste sistema é voluntária, até ao momento aderiram apenas 11 instituições de saúde”. Novo comentário de Rumorejando: Vige!
Constatação XI
Rico usa de franqueza; pobre, fala mal.
Constatação XII (Recíproca semiverdadeira).
O orgulho desmesurado, fatalmente, transforma-se em burrice; a burrice desmesurada, eventualmente, se transforma em orgulho.
Constatação XIII
A jornada
Foi na base
De aguentar
O mau-humor
Do patrão,
Aquele estupor,
Aquele paspalhão
Que tava na fase,
Bastante adiantada,
De se separar
Do seu pretenso amor,
O empolado
Vice-diretor.
Coitada!
Coitado!
Constatação XIV
Deu, no mesmo dia, na mídia: “Grande São Paulo tem dois milhões de desempregados” e “Lula diz que ‘sem a pressa dos apressados’ cumprirá as promessas”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas isso faz lembrar aquela história, já contada anteriormente em Rumorejando, de que as galinhas foram falar com São Pedro, se queixando da maneira, diferentemente de outros seres, que elas tinham relações sexuais e pedindo a sua mudança. São Pedro coçou a carapinha e disse: “De fato, eu nunca tinha me dado conta disso. Vou criar um grupo de trabalho para tratar dessa reclamação e reivindicação de vocês”. “E enquanto isso como é que fica”, perguntaram as galinhas. “Enquanto isso, vocês continuam tomando no...”
Constatação XV
E já que falamos no assunto, os jovens brasileiros estão migrando para outros países, mormente Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália, em busca de empregos. Só quem foi obrigado a abandonar o lugar onde nasceu, suas raízes, seus familiares sabe o quanto é dolorida essa decisão. Tal fato induz que a frase fascistóide, que a incauta classe média colava nos seus carros, no tempo da ditadura militar “Brasil Ame-o ou Deixe-o” seja mudada para: Brasil, Ame-o e Deixe-o. Lamentável!
Constatação XVI (Ah, esse nosso vernáculo).
Ele meteu os pés pelas mãos quando foi aos pés e não lavou as mãos.
Constatação XVII
“Você é um portento”,
Provocou nela
Um descontentamento
E ela reagiu
De maneira
Que deixou
Sequela
No nosso relacionamento,
Pois ela redarguiu,
Amuada,
Sem mais nem o quê:
“Não diga asneira.
Isso é pura balela!
Vá pra pê que pê.
Que malcriada!
Constatação XVIII
Deu na mídia, mais precisamente na Google: “Um vazamento de milhões de e-mails e documentos da indústria financeira expôs as identidades de milhares de usuários de paraísos fiscais em todo o mundo – entre os quais ministros, presidentes e empresas”. Comentário de Rumorejando: Vige!

DÚVIDAS CRUCIAIS VIA PSEUDO-HAICAIS.

Dúvida I (Efetivamente crucial).
Patológico
É uma espécie de marreco
Digital ou analógico?
Dúvida II
Cochilou a defesa
Aí o gol já não foi
De tanta destreza?
Dúvida III
Ela, de tão empertigada,
Tinha um andar que
Parecia estar emperrada?
Dúvida IV
Ele, de tão empertigado,
Tinha um andar que parecia
Estar com o freio de mão puxado?
Dúvida V
Herança denominada maldita
É aquela que provoca num
Pretenso herdeiro muita grita?
Dúvida VI
Votou,
Com esperança,
E se ferrou?
Dúvida VII
Furacões, ciclones e tornados,
Em nosso sofrido país, não irá
Nos deixar ainda mais relegados?
Dúvida VIII
Quem o paraíso celestial
Promete, será que, também,
Fornece o respectivo aval?
Dúvida IX
Os campeonatos regionais
Despertam tanto interesse quanto
Aos curitibanos os carnavais?
Dúvida X
Ser deputado ou senador
É melhor ou pior negócio do que
Ser um comissionado vendedor?
Dúvida XI
“Língua de trapo”,
Ele chamou a sogra,
Antes de levar um sopapo?
Dúvida XII
Chamavam de “perna de pau”,
Não o pirata do carnaval,
Mas o jogador que jogava mal?
Dúvida XIII
O jogador que pisa na bola,
Literalmente, ele pisou na bola
Duas vezes? É o que por aí rola?
Dúvida XIV
A gente fica convencido
Que, cada vez mais e mais,
Está fod, digo, perdido?
Dúvida XV
Na era da escravidão, sem glória,
As pessoas achavam que
Perdiam a liteira da história?
Dúvida XVI
Chorava, em vão, a carpideira
Pelo leite derramado
Da nova leiteira?

FÁBULA CONFABULADA, INDIGNA DO GURU MILLÔR.

Numa pequena província chinesa, cuja localização geográfica, para orientação de nossos leitores, se achava não muito longe do rio Amarelo, mas também não tão perto, vivia uma família constituída pelo pai Voy Leh Men Shen, pela mãe Lah Teh She Mensh e pelo filho Kley Neh Nuz. O casal trabalhava a terra e o filho estudava e ajudava os pais. Pelo que auferiam labutando, os ganhos só eram suficientes – e tão somente – para a própria subsistência. Por isso, a família que não tinha muito tempo para entretenimento, lazer e coisas afins. Estes eram desfrutados, apenas, através de uma velha televisão, ainda em preto e branco, mormente acompanhado através de novelas que eram originarias de um longínquo país, chamado Brasil que eles, como todo chinês que não dispõe da letra erre em seu alfabeto, pronunciavam Blasil. Mas tal não tem nada a ver com a nossa história.
A Voy Leh Mensh não agradava o regime econômico-social chinês, principalmente após assistir as novelas que mostravam os personagens tomando o desjejum farto ou quando a cena se passava em hospitais, onde estes eram impecáveis em matéria de atendimento ao doente, em higiene e asseio. Quando a China de uma república socialista, governada pelo Partido Comunista sob um sistema de partido único introduziu novas reformas econômicas tornou-se uma das economias de mais rápido crescimento no mundo, se tornando um dos maiores exportador de mercadorias do planeta. Evidentemente ocorreu uma diminuição da pobreza de maneira tal que se retirou cerca de 150 milhões de camponeses da pobreza o que afetou positivamente a família de Voy Leh Men Shen. A melhoria de vida deixou-o obnubilado e as delicias do bem-estar subiu à sua cabeça e ele se candidatou a um alto cargo público. E como era bem visto por todos não teve problemas em ser o indicado. Diante de um elevado orçamento para gerir, cujo valor não estava familiarizado e com a ambição exacerbada começou, como acontece em certos países, a querer misturar o dele – que era bem razoável – com o dinheiro público. Em uma das novelas que continuava assistindo e, agora, em uma televisão em cores, descobriu a figura no Blasil, do “Laranja”. E cooptando vários amigos, ainda pobretões, aumentou a sua riqueza, mas em nome deles. Mais tarde, os assim chamados “Laranjas” se apoderaram do dinheiro, recusando a devolvê-lo ao seu ilegítimo dono. Quando a fraude foi descoberta, Voy Leh Men Shen foi a julgamento e instado a devolver o dinheiro. Voy Leu Men Shen alegou que parte dele estava em nome de terceiros. Estes, então, também foram presos e tiveram todos que devolver o dinheiro o que foi feito, ainda que não em sua totalidade, já que alguns não mais dispunham integralmente do numerário auferido. O juiz disse que, em fatos assim, na China, se condena as pessoas à morte, mas, no presente caso, como todos devolveram parcialmente o dinheiro e se comprometeram em devolver o restante, Voy Leh Men Shen foi condenado a 100 anos de prisão em regime fechado e os demais foram postos em liberdade. Ao proferir as sentenças o juiz – Loh Mah Tan Tzen, esse é o seu nome – justificou a liberdade dos “Laranjas”, afirmando categórico: “Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.
Moral: O crime, na China, para alguns, às vezes, compensa. Para outros, em certos países, sempre...
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terça-feira, 2 de abril de 2013

BRAZIL: DIGITE SUA SENHA...


SENHAS DE INSEGURANÇA

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 Sérgio Antunes de Freitas

Já não é possível guardar na memória tantas senhas necessárias ao nosso acesso virtual às contas bancárias, cartões de crédito, redes sociais, escolas, laboratórios, redes de trabalho e outros, em razão de uma vida moderna plenamente informatizada.
E disso podemos tirar uma conclusão: quanto menos importante é uma senha, mais complexa é a sua utilização.
Talvez a do banco seja a mais importante de todas e, no meu caso, é a mesma há mais de vinte anos, sem nunca ter apresentado qualquer problema de segurança.
Já outras, como as dos aplicativos que uso no trabalho, sou obrigado a atualizar todo mês.
Esse não é o único problema. A toda hora, os responsáveis pela “política de senhas” criam uma nova restrição.
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Quando aparece a frase “troque a sua senha”, nosso mundo começa a desabar. Bate a insegurança. Será que vou conseguir?
Colocamos um conjunto de caracteres e lá vem a restrição: “a senha não pode ser igual, no todo ou em parte, às últimas oito senhas”.  E eu vou lembrar, pombas?
Ou aparece: “a senha não pode ter caracteres repetidos”.
Ou, ainda, “a senha deve ter obrigatoriamente letras e números”.
Não podem ser nomes dos meses, nomes de frutas, verduras, nomes de jogadores de futebol nem ídolos das novelas. Também não pode ser o apelido da mamãe de quem inventa essas coisas.
As crianças que se ocupam dessa gerência lúdica não devem ter estudado análise combinatória. Quanto mais restrito é o universo de possibilidades, maior é a probabilidade de descoberta de uma senha, ou seja, eles jogam contra o patrimônio. No fundo, só querem brincar de adedonha.
Enquanto isso, o ráquer – aportuguesei – já pulou a exigência de senhas e transferiu dinheiro público para seu primo, em quantidade comedida, para não ser descoberto pelas auditorias ou controladorias.
Como não devem ter muita coisa para fazer, esses meninos inventam outros absurdos, muito provavelmente para justificarem seus salários.
Há meses, em uma dessas mudanças, apareceu mais um filtro: “a senha não pode conter parte do seu nome”. A parte eram as letras “de”, uma preposição!
Dom Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, se vivesse hoje, precisaria recorrer à National Aeronautics and Space Administration - NASA, todo mês, para descobrir uma nova palavrinha que satisfizesse às expectativas dos garotos.
É tradicional, com razões históricas, a exigência de letras minúsculas para a composição dessas palavras secretas e já estamos acostumados com isso. Mas é bom desacostumar!
www.google.com.br/images. A geração senha, ops, Y!

Na renovação da senha de um determinado aplicativo que uso no trabalho, apareceu um aviso, após a minha primeira tentativa: “Esta senha é muito fraca”. (Meu Deus, agora vou ter que dar comida pra elas?)
Depois de várias ligações telefônicas mal atendidas, um espírito abençoado me explicou o segredo. Era necessária a inclusão de, pelo menos, uma letra maiúscula.
Já deve ter algum danado desses imaginando uma coisa assim, que ele batizaria de Sistema de Senhas Seguras. Ou Sistema 3S. A palavra sistema, seguida de uma sigla, é mágica!
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Inicialmente, o usuário, com uma senha atualizada mensalmente, entraria em uma página que permitisse uma nova composição, apenas para aquele único acesso, cujas exigências mudariam, randomicamente, de hora em hora. Após sua aplicação, teria que responder a algumas perguntas só de seu conhecimento pessoal como o nome da mãe, nome do pai, número do chassis de seu veículo, nome da atendente do convênio que o recepcionou pela última vez. Aí, ele deveria datilografar as letras que aparecem num rabisco, onde não se consegue discernir se é v, w, m ou o. Acertada a questão, o infeliz poderia, blasfemando, entrar no sistema para atender ao mando urgente do seu chefe, que já estaria para demiti-lo.
E podemos concluir outra característica nessa história.
Como convivem e se espelham na linguagem dos computadores, esses meninos sabem raciocinar com rapidez e precisão, mas não pensam.

Sérgio Antunes de Freitas
31 de março de 2013

sábado, 30 de março de 2013

BRAZIL: A TRAGÉDIA, A PRESIDENTA, OS POLÍTICOS, O BISPO E UM SERMÃO BOCA DO INFERNO!

Efecto Francisco' en Brasil

Por:  28 de marzo de 2013
El “efecto Francisco” lo habían anunciado los publicitarios brasileños: la fuerte inclinación del papa Francisco hacia los pobres, su vida sencilla, y sus denuncias contra las injusticias sociales, acabarán, según ellos, teniendo un efecto de contagio entre sacerdotes, obispos y cardenales. En Brasil eso acaba de suceder en la catedral de Petrópolis, la preciosa ciudad serrana de Rio de Janeiro, meta de turismo internacional.
Petropolis ( tragedia-2)
El obispo Gregório Paixão celebró días atrás una misa por las 33 víctimas mortales producidas por las lluvias torrenciales que ya años atrás se habían cobrado centenares de ellas, todas de familias pobres que, al carecer de habitación, se fueron año tras año apiñando en las laderas de la ciudad, tierra movediza que acabó engullendo a las barracas y causando muerte y destrucción. Allí el obispo pronunció un discurso duro contra las responsabilidades de los gobernantes, presentes en abundancia en el acto religioso.
Para entenderlo hay que recordar que, tras la tragedia anterior a la de este año, en 2011, en la que murieron cientos de personas, las autoridades federales de Brasilia y las estaduales de Rio, habían destinado millones para ayudar a las víctimas, construirles casas dignas fuera de aquellos “morros” siempre peligrosos, y cuidar de los desabrigados. Al lugar se había trasladado ya en 2011 la presidenta Dilma Rousseff junto con el gobernador de Rio, Sérgio Cabral,cargados de promesas y buenas intenciones. Lloraron juntos los muertos y consolaron a los heridos y sin casa.
Se supo después que buena parte del presupuesto destinado a las víctimas de la tragedia de las lluvias acabó en los bolsillos de políticos y administradores, muchos de los cuales fueron alejados de sus puestos. Se llegaron a distribuir los fajos de billetos dentro de un retrete. Los desalojados de sus casas, que perdieron todo, siguieron sin habitación y muchos de los supervivientes se volvieron al lugar de la tragedia para reconstruir sus chabolas. Y han acabando muriendo esta vez.
Desde Brasilia obligaron a las autoridades locales a colocar sirenas que avisaran la llegada de las lluvias para que los habitantes de aquellas laderas y los que viven al lado de los ríos, pudieran huir para refugiarse lejos del lugar. Cuando este marzo el agua regresó, y con ella otros muertos y heridos, las autoridades acusaron a los habitantes de no haber querido dejar sus casas desobedeciendo a las sirenas. 
Ante las experiencias pasadas, aquellas pobres gentes, por miedo a perder las pocas cosas que poseen en sus chabolas, prefirieron desafiar el peligro. “¿Donde quieren que vayamos en el corazón de la noche, con el agua hasta el cuello, teniendo que dejar lo poco que tenemos? Mejor morir aquí, porque además ya no creemos a las promesas de los políticos”, decía una madre de cuatro pequeños que al amanecer arrastraba dentro del agua un colchón, mientras la ayudaban voluntarios a salvar su vieja nevera.
En ese clima, el lunes pasado, tuvo lugar la Misa por los Difuntos en la catedral de Petrópolis. En primera fila estaban las máximas autoridades, desde la Presidenta Dilma, visiblemente emocionada, al gobernador Cabral, alcaldes y demás políticos. Y en ese momento, se pudo advertir el llamado “efecto Francisco”. En los diarios se destacaban aún los gestos del nuevo papa a favor de los más pobres y sus duras palabras de condena contra la desidia de los responsables por dicha pobreza.
Petropolis (protestas)
Y a la catedral acudieron más de cien personas con pancartas de protesta que levantaron durante la comunión en las que se leía: “No queremos su oración, queremos su acción”, o “33 años de omisión enriqueciéndoos con nuestro dolor”. El obispo, en su homilía, calificada por la prensa de “dura y emocionante”, mostró en aquel acto litúrgico, el “efecto del papa Francisco”. No fue complaciente con las autoridades presentes. Les recordó que “las víctimas continúan gritando desde el silencio que llamamos muerte" y piden, dijo, "que a los que aún están vivos, no tengamos que verlos muertos en la próxima tragedia”. Pidió a los responsables del gobierno que “se pusieran manos a la obra para que, el año próximo, no tengamos que volver aquí a llorar a los nuevos muertos”.
Contra las críticas de los gobernantes a aquellas gentes que se niegan a dejar sus chabolas cuando arrecian las lluvias, el obispo defendió: “Ellas se van a vivir en esos lugares peligrosos porque no les dan otras opciones”. Dirigiéndose directamente a los políticos presentes, les recordó que “la pobreza empuja a esos pobres hacia estos lugares inadecuados. Muchos son subempleados. Soñaban con tener una casa con varios cuartos como las vuestras, con vista desde lo alto de los “morros”, y acabaron en chabolas, donde cinco hijos duermen en el mismo cuarto”. Concluyó: “La sangre de los inocentes grita en medio al lodo y en medio a las lluvias golpeando nuestros ojos y nuestros oídos El silencio de los muertos continúa gritando para los que aún están vivos no tengan que seguir muriendo”.
Es posible que el papa Francisco aplaudiera al obispo que habló fuerte, frente a las autoridades presentes, en defensa de aquellos pobres y olvidados. Quizá por ello se empieza a decir que el mundo político habría preferido un papa “menos peronista”. Los cristianos prefieren llamarle “evangélico” a secas. Y les están gustando sus gestos que lo acercan a la gente de la calle más que a los poderosos de los palacios.
En el cónclave les había dicho a los cardenales presentes en el nombramiento del nuevo papa que la Iglesia debe salir de sí misma y de su teología narcisista para ir al encuentro "de la periferia del mundo".
Aquellas palabras duras, divulgadas ahora por un cardenal cubano tras haber sido dispensado por el papa Francisco del secreto del cónclave, acabaron colocándolo con mucha probabilidad, en la sede de Pedro. Ahora la periferia pobre, exlotada y olvidada del mundo lo está esperando.
El cardenal Bergoglio en una favela de Buenos AiresEl cardenal Bergoglio, futuro papa, en una favela de Buenos Aires

quarta-feira, 27 de março de 2013

BRAZIL: 50 TONS DE...fanfarronice!


FLOR
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Marina da Silva
_ Ô de casa! Zezé?
Trepada na goiabeira ao fundo do quintal, Aline sentiu um arrepio e um mal estar, espécie de mau agouro, quando reconheceu a dona da voz. Era assim que sempre se sentia quando aquela visita chegava irrompendo pela sala, chamando pela dona da casa, sua mãe, conhecida por todos como dona Zezé. Nos fundos do quintal, numa fornalha de barro com trempe de duas bocas, que o pai fizera há poucos dias, Maria Josefina mexia o "sabão de quadro" que estivera preparando desde muito cedo.
Devia ser umas duas horas da tarde. O calor escaldante do verão no cerrado tornava-se insuportável à beira da fornalha. Zezé estava naquele trabalho desde manhãzinha e respondeu o cumprimento da prima, mandando que esta se achegasse. Com um olhar incumbiu Aline de continuar cuidando da mistura e foi até a cozinha receber dona Flor do Salustino, como todos a conheciam.
Maria das Flores era uma mulher encorpada, feia e atarracada, uma macho-fêmea, como escutara várias vezes a família dizer. Fora casada com um salafrário! Era o modo dela se referir ao marido, o senhor Juliano Salustino, moço bonito e desajuizado. Todo mundo conhecia Flor e sua fama de valentona, mulher que encarava qualquer homem e que gostava de se gabar, contando como estourara um bordel buscando o marido na bala e fazendo o maior fuzuê na casa das 'mulheres-de-zona". 
 Salustino era no seu dizer um raparigueiro. Gostava de jogatinas, bebidas e de raparigas. E após a empreitada de Flor na zona, o homem virou um santo! Ela adorava contar a sua façanha. De como arrebentou a porta do "redevú" com o pé e tirou o homem de lá à bala, no tiro. O pobre na correria, esqueceu a roupa e saiu correndo pelado janela afora. Ele e alguns companheiros de farra que estavam na maior folia, safadezas e indecências. O homem não durou muito e Flor ficou viúva eterna, pois não havia homem no lugar que encarasse mulher tão brava, que recebia os pretendentes à bala.
A família toda dizia que na verdade, ela não gostava mesmo de homem, era mulher-macho, feia que nem diabo, de bigode, uma pinta grande e cabeluda na bochecha gorda e muito "arrastadeira" de bagaço. Os homens da família a respeitavam, mas por trás metiam o malho e caçoavam desta mania de valentona e de botar banca com todo mundo.
Aline desceu rápido, deslizando pelos galhos da goiabeira e em três movimentos já estava no chão, em pé frente ao forno e remexendo o sabão conforme as ordens da mãe. Lá ia pelos seus doze, treze anos. Magrela, feinha, a cara repleta de espinhas, nariz chato, cabelo pixaim, mais fina que a colher de pau com que mexia o sabão.
Não gostava de Flor. Nem ela nem sua irmã mais velha, Morgana. Esta sempre que as via, as chamava sorridente e debochada, de meninas feias. Não que isso importasse ou que não fosse verdade, mas encabulava e dava uma raiva, um ódio terrível daquela macho-fêmea, que para capeta só faltava o rabo! A irmã mais velha ignorava totalmente a outra, mas Aline, apesar de não gostar de ser chamada de feia, pelo menos uma vez por semana, quando das visitas, gostava muito das histórias de valentia de Flor. A mãe e ela tinham boa amizade, o pai fingia de morto quando a visita estava em casa e como ela não tinha nem dia nem hora para aparecer, o que sobrava mesmo era assombrar quando ela dava as caras. Chegava pisando forte e já ia adentrando a casa como é de costume no interior. As portas estão sempre abertas, não há muro e nem cercas e estas quando existem são baixas e muitas vezes sem portão como na casa de dona Zezé.
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Flor tinha porte além da fama de valente. Vizinho não se metia com ela, nem na roça nem aqui na cidade. Trazia notícia de tudo, de todos e de quantos ela havia peitado naquela semana: padres, professores, açougueiros, médico, amolador de facas, dono da vendinha, a rapariga da filha de fulano, os lesados dos filhos de sicrano e por aí afora!
O café vinha e era tomado ali mesmo no quintal, enquanto a mãe de quando em vez passava o olho no sabão para ver se estava no ponto de tirar do fogo e colocar para endurecer nas fôrmas.
Uma, duas, três horas de conversa. Enquanto a mãe dava os últimos tratos no sabão e punha água na lata de vinte litros para aproveitar as brasas e dar banho nos filhos pequenos, Flor conversava sem parar, pulando de um causo a outro até chegar no defunto falecido. Trepada em cima da pedra de lavar roupas, fingindo não prestar atenção, Aline tirava água do tambor e lavava o enorme caldeirão em que fora feito o sabão e se deleitava com a conversa.
_ Eu acabei com a festa dele logo no início do casamento! E lá vinha a estória do estouro no “redevú”. Flor estava casada de pouco, com um primo. Casamento encomendado desde quando eles eram pequenos. Ela nunca havia se interessado pelo assunto, mas não deixou de cumprir o que os pais haviam ajustado quando eles ainda eram crianças. O casamento foi como qualquer um, com muita festança. Matou-se uns capados, um novilho e tinha muitos doces, biscoitos, bolo, pinga feita na roça, cantoria de viola e sanfona. Foram três dias de festas e o noivo mostrava-se muito feliz.
Logo nos primeiros meses de casamento, o tal Salustino começou a botar as manguinhas de fora. Sumia ao entardecer e só voltava altas horas da madrugada. Flor só o espreitava.  Ela dizia que ficou dando corda para o falecido que vendo que a mulher não se importava, foi sumindo com maior freqüência sequer suspeitando de armadilha!

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Certa noite, aprumou cedo, cheiroso, arrumado e se bandeou lá para os lados da casa das quengas. Flor já estivera no seu encalço e só estava aguardando o momento exato para dar o bote, um  "nhac" nele! E aconteceu! Sem desconfiar das intenções da esposa, Salustino se encaminhou para uma noitada no bordel. Esta era a parte que Aline mais gostava de ouvir. Flor arreou o cavalo, botou a garrucha na cintura e foi baixar, lá pelas tantas da madrugada, no redevú. Desceu do cavalo atirando e botando a porta da choupana abaixo, no pé. Lá dentro, na maior algazarra, sem-vergonhices e indecências, estava Salustino e outros homens, atracados nas mulheres. Foi um fuzuê só, de homens correndo e pulando pelados pelas janelas e portas dos fundos! Eram inevitáveis as gargalhadas! Senhor Salustino entrou nos eixos, mas não durou muito, teve morte besta caindo de um cavalo. Flor teve uma filha com ele, mas nunca mais quis saber de homens. Só se fosse para peitar e bater! A danada era tão brava que a última que aprontou foi cuspir na cara de um delegado e ainda chamar o cabra de crioulo, meganha, macaco, pau-mandado e tudo porque foi flagrada dirigindo sem carteira e ainda por cima a danada usava como combustível um bujão de gás de cozinha, numa gambiarra maluca e perigosa numa BR movimentadíssima! Moral da história: Flor foi presa por desacato à autoridade e ficou uns bons dias no xilindró berrando e xingando tudo quanto é nome feio, pois boca suja estava ali.
O delegado não refrescou nem facilitou nada! Nem pela idade avançada, nem por ser mulher! E a parentela toda aproveitou para ir a forra e tirar um sarro com a cara da valentona que se não saiu enquadrada, pelo menos murchou mais o papo e teve que enfiar o rabo entre as pernas!
 




domingo, 24 de março de 2013

BRAZIL: MEIO COPO VAZIO.


Meu Canto (ou versos improváveis)


A Jem

Sabia que seria assim. Conheço-me.
As previsões me acompanham os fracassos. Chuva e lama.
Não é a primeira vez; não será a última. Lamentos.
Tento desviar-me de mim. (Jamais o consigo.)
Sorrio para você. Quero feri-la com palavras.
Ofender seus mistérios. Violar suas nuances...
Desejo mesmo ser vil. Matá-la, se preciso.
Faltam-me os meios, os modos. Subjugações.
Sou seu. (Sempre serei.) Obediências; involuções.
Minhas asas quebradas - mais uma vez.
E outra... E outra... E outra vez.
Invade-me os sonhos. Sequer neles, sequer neles sou capaz de vencê-la.
Não obstante, eu juro. Odia-la-ei, um dia.
Um dia. (Não hoje.)
Hoje...

quarta-feira, 20 de março de 2013

BRAZIL:INTOLERÂNCIA SUPERA DIREITOS HUMANOS!

13/03/2013 - 03h30

Comissão do deboche

Hélio Schwartsman


SÃO PAULO - A eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) é uma piada de mau gosto. Suas declarações, que não ocultam um tom homofóbico e racista, representam algumas das visões de mundo que a CDHM tem por missão combater.
Isso posto, penso que a campanha para retirá-lo do cargo --que considero válida-- está assumindo um caráter muito mais pessoal do que deveria. Feliciano, afinal, não tomou a comissão de assalto. Ele chegou aonde chegou devido a uma sucessão de eventos cujas responsabilidades precisam ser corretamente atribuídas.
E, se a ideia é repartir culpas, bodes expiatórios é o que não faltam. Há desde desalinhos institucionais, a exemplo do sistema de voto nominal e proporcional, que facilita a formação de bancadas temáticas como a evangélica, com uma força que transcende o peso da religião na sociedade, até o pecado da gula, pelo qual o PT abriu mão da CDHM, que comandava havia décadas, em troca de comissões mais vultosas. A força descabida que microssiglas exercem no sistema e o descaso que parlamentares desenvolveram para com a imagem do Legislativo são outros elementos que precisam entrar na conta.
O fato é que o polêmico pastor, o qual, vale frisar, tem direito a suas opiniões, por mais equivocadas e extemporâneas que nos pareçam, não é o único e talvez nem o maior responsável pelo deboche que se fez com a comissão. Não é justo, portanto, que a ira de cidadãos indignados e militantes de direitos humanos recaia exclusivamente sobre ele.
Imaginemos que, amanhã, cientistas comprovem a hipótese, bastante plausível, de que o fundamentalismo religioso é uma condição neurológica sobre a qual seus portadores têm pouco ou nenhum controle, a exemplo da gagueira ou da esquizofrenia. Creio que, neste caso, teríamos de incluir o pastor entre as minorias a serem protegidas pela CDHM.

Hélio Schwartsman
Hélio Schwartsman é bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve na versão impressa da Página A2 às terças, quartas, sextas, sábados e domingos e às quintas no site.

terça-feira, 19 de março de 2013

BRAZIL: VERGONHA, DESONRA, DESGRAÇA!

BRAZIL. MINAS GERAIS. BELO HORIZONTE

Marina da Silva



VERGONHA, DESONRA, DESGRAÇA




ESTUDANTES DA FACULDADE DE DIREITO/UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] APLICAM TROTE RACISTA, ESPÚRIO EM CALOUROS COM MENSAGEM CLARA E OFENSIVA A MULHERES, NEGROS E PRINCIPALMENTE AOS JUDEUS!

18 DE MARÇO É O DIA EM QUE SE COMEMORA A VINDA DE IMIGRANTES JUDEUS PARA O BRAZIL E, EMBORA TENTEM VENDER O TROTE COMO INOCENTE E MERA BRINCADEIRA, A AÇÃO RACISTA E INTOLERANTE DOS ESTUDANTES É CLARÍSSIMA: DOIS CALOUROS, UMA MENINA PINTADA DE PRETO É CHICA DA SILVA, UM GAROTO AMARRADO NA PILASTRA PINTADO DE VERMELHO E COM BIGODE HITLER RECEBE A SAUDAÇÃO DO DITADOR! UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS????
www.google.com.br/images 18 de Março é dia de comemorar a vinda dos imigrantes judeus para o Brasil! SALVE!

www.google.com.br/images 20 de Novembro dia da Consciência Negra no Brasil! " Alma não tem cor porque eu sou negro, alma não tem cor porque eu sou branco. Branquinho, negrinho, branco negão"! Chico César


UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS????


NO DIREITO SIM: CRIME INAFIANCÁVEL; BOLETIM DE OCORRÊNCIA E PRISÃO SEGUIDA DE APURAÇÃO E EXPULSÃO DOS TROTISTAS QUE MANCHARAM NÃO SOMENTE A FACULDADE DE DIREITO, A UFMG, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, O BRAZIL E O MUNDO! PARA RACISTAS TOLERÂNCIA ZERO E OS RIGORES DA LEI!

Art. 5, inc. XLII da Constituição Federal de 88Compartilhe




"Constituição Federal de 1988 .
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;"

CUMPRA-SE A LEI!




OS BLOGS, TWITTER E FACEBOOK MARINA DA SILVA REPUDIAM E PEDEM CUMPRIMENTO IMEDIATO DO DIREITO: PUNIÇÃO IMEDIATA AOS INFRATORES NOS RIGORES DA NOSSA CARTA MAGNA DE 1988!
EM NOME DOS MINEIROS, BRASILEIROS E DO MUNDO PEÇO JUSTIÇA, DESCULPAS AO MUNDO, AOS JUDEUS, AOS NEGROS, MULHERES E DECLARO LUTO!

www.google.com.br/images FORA O RACISMO NO BRAZIL! EU DIGO NÃO AO RACISMO!