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domingo, 18 de novembro de 2012

BRAZIL: PAPO TONTO.

In vino veritas est  
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O famoso CH3CH2OH é uma das substâncias resultante das fermentações deliciosas ou não! Eu adoro uma pinguinha. Imagine o mundo sem vinho tinto e macarrão...
Olha, o meu Senhor e meu Deus não abriu mão do vinho tinto de sangue, na quinta feira santa que eu não me esqueço.
Água virou vinho lá em Canaã. E não fora uma situação que necessitasse da intervenção Dele.Confraternizar merece uns golos.
-Ô Zé explique, pombas!
-Pois é, explico depois de dois latões e uma zinha da roça:
-Em doses nem sempre homeopáticas o famoso etílico nos ajuda a refletir e questionar a validade de certos paradigmas que não servem para o ser humano que erra e acerta!
Do relacionamento hetero por exemplo, meu campo de observação, qualquer que seja a religião que por sinal é obra humana  cheia de erros e conveniências, é uma furada:
     -Amor ad aeternum, neca!
Amarás sim,o teu Deus de todo o teu coração e ao próximo como a ti     mesmo.
Depois do tesão e orgasmo...Existe amizade, respeito, carinho, parcerias...
             -Fidelidade sexual...Furada das grandes! Olhe bem o mulherio fácil à sua volta e confira sua taxa de testosterona, capacidade de levantar alguma coisa e limite do seu cartão de crédito.
-Na tristeza e na alegria...É para pensar...Imagine eu GALO e ela MENGO!
- E não se esqueça: Eu ronco, tu roncas e elas roncam, mas não admitem!
-A conta do buteco é nossa e seria uma baita falta de cavalheirismo não dividir pois afinal elas fizeram a revolução sexual, queimaram sutiã... Viraram presidente e batem na gente!
Que troquem o pneu vazio sem apelar senão... A gente cai direitinho!
Continuemos apanhando o lencinho e abrindo a porta do carro, mandando flores. É um charme!
-Beijar as primas faz parte, sei lá...amanhã vai ser outro dia, diz o Chico Buarque!
Poderá ser sua chance de recomeçar e repetir os mesmos erros...Ou acertos!
Conclusão: Acho que tô tonto!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

BRAZIL: UM EXEMPLO DE REPÚBLICA DEMOCRÁTICA PARA O MUNDO?

El pluralismo es una gran lección de Brasil”

Por: | 11 de noviembre de 2012
Skidmore (3)
Que el pluralismo es una lección que Brasil ofrece al mundo, no lo dice un brasileño, sino el americano, Thomas Skidmore, formado en la Universidad de Brown y uno de los mayores historiadores del gigante americano.
Se lo ha dicho a sus 80 años y con dificultades ya para hablar a causa de un principio de Alzheimer, al diario Folha de São Paulo, que lo ha entrevistado en los Estados Unidos días atrás en plena campaña electoral americana.
Mientras se afirma que para los gobiernos de Estados Unidos, América Latina y concretamente Brasil no acaban de ser una prioridad en su política exterior, es curioso que han sido en los últimos 50 años, historiadores norteamericanos los que más se han interesado por este Continente.
A los que han estudiado a Brasil desde las grandes Universidades norteamericanas, se les conoce como “brasilianistas”. Skidomore es el decano de todos ellos. Autor de obras famosas como Brasil de Getulio a Castelo; Una historia de Brasil o Negro en el blanco, el historiador ha confiado que en medio a la enfermedad que lo aqueja sigue estudiando el fenómeno Brasil para estimular su memoria.
Skidmore (2)
Autor de frases célebres en el pasado como cuando afirmó en 1997: “Antes Brasil era un desastre económico y ahora ha entrado en el mundo normal”, o en diciembre del 2000: “El mundo está espantado con el progreso de Brasil”, hoy afirma que “el pluralismo de Brasil es una lección para el mundo”.
Según Skidmore, el mundo está con los ojos puestos en Brasil porque este país “ha sabido equilibrar el juego ideológico”.
Lo que el historiador americano más admira de Brasil es, dice, el hecho de poseer “una enorme capacidad de asimilación lo que, en cierto sentido lo hace parecerse a los Estados Unidos”.
Eso porque Brasil es una sociedad formada por emigrantes provenientes de todo el mundo. Y recuerda el historiador que hasta la Presidenta Dilma Rousseff, es de origen búlgaro.
SkidmoreA la pregunta sobre lo que piensa de la primera mujer que ha llegado al Palacio del Planalto en Brasil responde: “Me gusta Dilma. Es un tanque. Tiene un gran instinto político, admiro su forma de gobernar”. Y recuerda que “es muy difícil para una mujer gobernar un país de América Latina” eso porque, según él, “necesita demostrar que tiene también algo de hombre”.
Se ha sabido ahora que Skidmore fue testigo presencial el 31 de marzo de 1964, un día antes del golpe militar en Brasil, de como el entonces embajador americano en Brasilia, Lincoln Gordon, envió en su presencia (cenaban aquella noche juntos), un telegrama al Presidente americano, Lyndon Johnson, contándole lo que estaba para acontecer y pidiendo que el gobierno americano “reconociese el nuevo régimen militar”.
De aquella noche a hoy muchas cosas han cambiado en los Estados Unidos, en América Latina, en Brasil y en el mundo.
En América acaba de ganar las elecciones Obama, que nunca apoyaría un golpe militar en Brasil, ni en lugar alguno. Y Brasil está presidido por una exguerrillera que militó en los movimientos de la izquierda marxista leninista contra aquella dictadura del 1964, convertida hoy al juego democrático.
Y como ha afirmado Skidmore, hoy,  Brasil, mientras el gobierno investiga los crímenes perpetrados por aquella dictadura y nunca descubiertos, está dando al mundo “una lección de pluralismo”. Y es que quizás entre los países emergentes y en desarrollo, el que cuenta con una democracia más sólida es justamente Brasil.
Dilma((3)Dilma interrogada por los militares después de haber sido torturada

terça-feira, 13 de novembro de 2012

BRAZIL: RUMOREJANDO COM JOSÉ[JUCA] ZOKNER

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Depois que ela
Me abandonou
E a nossa paixão,
“Nosso eterno amor”’
Tantas vezes jurado,
Em beijo sem fim
Tão
Apaixonado,
Gorou,
Soçobrou,
Só ficou
Muita dor*
Muito esplim**.
Coitado,
De mim!
*Perdão, prezados leitores, de mais uma vez rimar dor com amor, porém ninguém é de ferro.
**Esplim = “Tédio de tudo; melancolia (Aurélio).
Constatação II
Sugestão de nomes aos nossos prezados leitores que pretendem abrir um hotel para cães: Solar (ou Recanto, ou Pousada, ou Retiro) da Fidelidade (ou Lealdade). De nada!
Constatação III (Guerras e eternas guerras dessa Humanidade insolúvel).
A caravana passa,
Os cães ladram,
Em muitas praças.
Os homens bradam
E não são só ameaças.
Cão que late,
Às vezes, morde
Doidamente,
Qual orate*,
Loucamente.
E matam...
Humanidade,
Acorde!
Chega de iniquidade!
*Orate = substantivo masculino
indivíduo louco, sem juízo, tresloucado; doido, idiota, louco (Houaiss).
Constatação IV
Entrou,
Em casa, sorrateiro,
Às quatro da manhã
E a mulher, acordada,
Bradou,
Bem ligeiro:
“Ficou tantã,
O truqueiro”.
Coitada!
Constatação V
E como dizia aquele eminente e famoso causídico, muito convicto, muito senhor de si mesmo, se achando o rei das cocadas pretas, brancas, amarelas, enfim indiferente das suas cores: “Data vênia e salvo pior juízo, mas o meu nobre colega, meritíssimo, cometeu na sua peroração uma infinidade de erros em gênero, número e grau, como, por exemplo, chamar Vossa Magnificência de “meritrissimo”.
Constatação VI
Quando a televisão se pôs a passar os “melhores momentos” das partidas de futebol entre Brasil e China, Brasil e Iraque e Brasil e Japão, sobreveio a dúvida – não necessariamente crucial – “se esses foram os melhores momentos, como será que foram os piores?” Me refiro aos nossos adversários, é claro...
Constatação VII
Em certos países, a impressão que se tem é que nos banheiros públicos existe o seguinte aviso “Deixe este local como você não gostaria de encontrá-lo”.
Constatação VIII
Ele ficou pasmo.
Depois de 90 anos
O primeiro orgasmo
.– Ou seria espasmo? –
Há tempos nos seus planos,
Eternamente elaborado,
Planejado,
Arquitetado.
Aí, ela ficou pasma,
Espantada,
Assombrada,
Admirada.
Após 80 anos,
Parecia coisa de fantasma,
Salvo maiores enganos.
Depois
Os dois,
Que sofriam de asma,
Acharam que orgasmo era miasma*
E tiveram que fazer cataplasma.
Coitado!
Coitada!
*Miasma = substantivo masculino
1 Rubrica: história da medicina.
emanação a que se atribuía, antes das descobertas da microbiologia, a contaminação das doenças infecciosas e epidêmicas
2 exalação pútrida que emana de animais ou vegetais em decomposição
3 Derivação: sentido figurado.
sensação de ansiedade opressora ou dificuldade de respirar; asfixia, sufocação, mal-estar (Houaiss).
Constatação IX (De uma dúvida crucial).
De matemática
Toda resolução
É dilemática
Com ou sem solução?
Constatação X
Foi a meio-soprano
Que, numa queixa
Disse para o tenor:
“Você ta meio insano
Me propondo meio amor.
Assim, por esse meio,
Você me deixa
De saco cheio.
Lembre: Eu não sou gueixa”.
Constatação XI
Me atolei
Em paixões cálidas.
As gatas,
Inicialmente
Todas beatas,
Deixei,
Tão-somente,
Exangues, pálidas,
Lívidas,
Amarelas,
Sem que fossem orientais.
Por elas,
Tão belas,
Tão singelas
Afundei
Em dívidas.
Daí, sem reditos,
Sem créditos
Não me safei.
Então, chorei
Todos os meus ais
Como jamais.
Constatação XII
A gente não deveria ser necrófobo que quer dizer medo da morte ou dos mortos; a gente, hoje em dia, fica é com medo dos vivos. Vige!
Constatação XIII
Deu na mídia, mais precisamente no Estadão: “HAVANA - O governo de Cuba anunciou nesta terça-feira, 16 de outubro, que eliminará as principais restrições para que seus cidadãos possam deixar o país. A nova lei entra em vigor a partir de 14 de janeiro de 2013, mas garante às autoridades da ilha o direito de restringir a saída dos habitantes do país e a emissão de passaportes – cujo preço deverá dobrar, para cerca de US$ 100. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando toma a liberdade de sugerir respeitosamente: O último que sair que apague a luz...
Constatação XIV
Também deu na mídia, também mais precisamente no Estadão: “BRASÍLIA - Numa sessão esvaziada, a Câmara aprovou nesta quarta-feira, em votação simbólica, projeto de resolução que torna oficial a "gazeta" dos deputados às segundas e sextas-feiras. Incluído às pressas na pauta, a proposta alterou o regimento interno da Câmara, que previa a realização de sessões ordinárias durante os cinco dias da semana. Agora, com a nova redação, as sessões ordinárias serão realizadas apenas entre terça e quinta-feira. As votações de projetos só ocorrem em sessões ordinárias ou extraordinárias - estas última pode ser convocada a qualquer momento pela presidência da Câmara”. Data vênia, como diriam nosso juristas, mas Rumorejando acha que se eles eliminarem todos os dias da semana sairá mais em conta para o nosso país porque eles não poderão legislar em causa própria como vem acontecendo com freqüência tal que já virou rotina. Esses caras não têm vergonha nas retro mencionadas caras. Vige!
Constatação XV
Se o preço da liberdade é a eterna vigilância, o preço da libertinagem é a eterna ganância? Ou a eterna militância?
Constatação XVI (De uma dúvida crucial).
Quando os locutores esportivos que estão transmitindo ou comentando um lance de uma partida de futebol dizem que “o chute do Fulano pegou na orelha da bola” quer dizer que foi um pé de ouvido? Quem souber a resposta, por favor, etc.
Constatação XVII (De razões e proporções matemáticas).
A poção mágica, que o druida Panoramix prepara, está para o Asterix, assim como o chimarrão está para este assim chamado escriba. Donde se infere que “este assim chamado escriba” é igual a Asterix multiplicado por chimarrão, dividido pela poção mágica do druida. Elementar, meu povo.
Constatação XVIII
Quando o marido, recém casado, passou por uma casa de comércio, cujo nome era “A Poderosa”, conjecturou: “Puxa vida, eu não sabia que a minha mulher tinha mais uma fonte de renda além de ser professora primária. Vige!”
Constatação XIX
E como elucubrava o obcecado: “A notoriedade é uma espécie de imã. Ela atrai pessoas que querem ficar próximos das, digamos, gentes notórias, dos famosos; ter sua amizade; ser íntimo delas, amantes e assim por diante”.
Constatação XX
Foi o cajado que disse para a bengala: “Nossa função é altruísta. Salvo quando a gente é usado para bater em alguém, exceto quando fomos usados para acertar um tal de José Dirceu. Vige”.
Constatação XXI (Vige!).
Deu na mídia, mais precisamente na Gazeta do Povo do dia 22 de outubro próximo passado: “Em meio à escassez de mão de obra qualificada, contingente de jovens que não estudam nem trabalham aumentou entre 2000 e 2010. Quase 20% estão nessa situação. Era de se esperar que, com o crescimento do mercado de trabalho e alguns avanços na educação, o quadro tivesse melhorado desde o censo anterior, de 2000. Mas ocorreu o oposto. O contingente de jovens que não estudam nem trabalham até aumentou: em 2000 eles eram 4,8 milhões, ou 18,2% do total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, pouco mais de 5,3 milhões de pessoas com idade entre 18 e 25 anos, o equivalente a 19,5% dos brasileiros dessa faixa não trabalha nem estuda”. Data vênia,como diriam nossos juristas, mas Rumorejando fica matutando que se os jovens, que são considerados ‘pessoas não economicamente ativas’, como de fato são, o que é que eles ficam fazendo se não trabalham nem estudam? Será que se dedicam a joguinhos? Ficam tomando drogas? Papai e mamãe que os sustentam? Ou ganham uma cesta básica? Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado!
DÚVIDAS CRUCIAIS, VIA PSEUDO-HAICAIS.
Dúvida I
É ser muito enxerido
Querer que todo mundo
Te chame de querido?
Dúvida II
Ela ficava ofegante
De ser beijada
A todo instante?
Dúvida III
A pior de todas as fossas
É quando o teu time perde
E você tem que agüentar as troças?
Dúvida IV
Na rua da Solidão
Andar acompanhado
É caminhar na contramão?
Dúvida V
É falta de lembrança
Dizer que comer muito
É uma destemperança?
Dúvida VI
O amor que parecia perene
Cheio de juras de amor
De repente descambou infrene*?
*Infrene =  adjetivo de dois gêneros
1 desprovido de freio; desenfreado
2 Derivação: sentido figurado.
imoderado, nada contido; destemperado, desordenado (Houaiss).
Dúvida VII
Com todos os efes-e-erres,
Ele, atônito, perguntou:
“E por que não queres?”
Dúvida VIII
Seu olhar triste capiongo,
Ainda que cheio de promessas
Parecia te chamar de mocorongo?
Dúvida IX
É muita ingenuidade
Achar que político
Nunca diz inverdade?
Dúvida X
É muita insistência
Pedir aumento para o patrão
Após oito anos de abstinência?
Dúvida XI
É muita sagacidade
O político satisfazer
Apenas a sua – dele – necessidade?
Dúvida XII
É muita presunção
Querer que o meu Paraná
Venha a ser o campeão?
Dúvida XIII
As eleições para Prefeito Municipal
Mostraram pra gente que, no país,
Como sempre, tudo continua igual?
Dúvida XIV
Fugir da zona de rebaixamento
É, para o sofrido torcedor,
Uma questão não só de momento?
Dúvida XV
É assaz deleitoso e até orgástico,
Para algumas pessoas, cantar loas
Da Globo, o programa Fantástico?
Dúvida XVI
O meu sofrido Paraná ganhar do Barcelona
É tão imaginável, tão exeqüível como cruzar
Com uma senhora bastante idosa atrevidona?
Dúvida XVII
A ONG Liga da Moralidade do Brasil
Desapareceu da vista de todos. Tudo leva
A crer com dinheiro público. Será que sumiu?
Dúvida XVIII
Se um presidente fosse um pênalti bater,
Presidente seja lá do que for.
Será haveria quem por ele iria torcer?
Dúvida XIX
Pelo meu time o sofrido Paraná
Já passaram jogadores de gabarito
E mesmo assim o time ficou onde está?
Dúvida XX
Copiosas lágrimas ele triste e sofrendo derramou
Quando ela já não agüentando mais tantas grosserias
Fez as malas, as  crianças e para casa da mãe se mandou?
Dúvida XXI
O apito daquele juiz de futebol
Soava como o trinado*, o cântico tricórdio**
De um bem-te-vi, de um sabiá e de um rouxinol?
*Trinado - substantivo masculino
2 som melodioso produzido por alguns pássaros; gorjeio, trilo, trino (Houaiss).
Tricórdio = substantivo masculino
Rubrica: música.
instrumento com três cordas (Houaiss).

sábado, 10 de novembro de 2012

BRAZIL: TODO MUNDO ODEIA...JUDEUS?

Um Vestido Novo Para Um Ódio Antigo
Por Pilar Rahola
Segunda-feira à noite, em Barcelona. 
  
No auditorio, uma centena de advogados e juizes.
Eles se encontraram para ouvir minhas opiniões sobre o conflito do Oriente Médio.
Eles sabem que eu sou um barco heterodoxo, no naufrágio do pensamento único, que reina em meu país, sobre Israel.
Eles querem me escutar.
Alguém razoável como eu, dizem, por que se arrisca a perder a credibilidade, defendendo os maus, os culpados?
Eu lhes falo que a verdade é um espelho quebrado, e que todos nós temos algum fragmento. E eu provoco sua reação: "todos vocês se sentem especialistas em política internacional, quando se fala de Israel, mas na realidade não sabem nada.
Será que se atreveriam a falar do conflito de Ruanda, da Caxemira, da Chechenia?". Não. São juristas, sua área de atuação não é a geopolítica. Mas com Israel se atrevem a dar opiniões. Todo mundo se atreve. Por quê?
Porque Israel está sob a lupa midiática permanente e sua imagem distorcida contamina os cérebros do mundo. E, porque faz parte da coisa politicamente correta, porque parece solidariedade humana, porque é grátis falar contra Israel.
E, deste modo, pessoas cultas, quando lêem sobre Israel estão dispostas a acreditar que os judeus têm seis braços, como na Idade Média, elas acreditavam em todo tipo de barbaridades.
Sobre os judeus do passado e os israelenses de hoje, vale tudo.
A primeira pergunta é, portanto, por que tanta gente inteligente, quando fala sobre Israel, se torna idiota.
O problema que temos, nós que não demonizamos Israel, é que não existe debate sobre o conflito, existe rótulo; não se troca ideias, adere-se a slogans; não desfrutamos de informações sérias, nós sofremos de jornalismo tipo hambúrguer, fast food, cheio de preconceitos, propaganda e simplismo.
O pensamento intelectual e o jornalismo internacional renunciaram a Israel.
Não existem. É por isso que, quando se tenta ir mais além do pensamento único, passa-se a ser o suspeito, o não solidário e o reacionário, e o imediatamente segregado.
Por quê?
Eu tento responder a esta pergunta há anos: por quê?
Por que de todos os conflitos do mundo, só este interessa?
Por que se criminaliza um pequeno país, que luta por sua sobrevivência?
Por que triunfa a mentira e a manipulação informativa, com tanta facilidade?
Por que tudo é reduzido a uma simples massa de imperialistas assassinos?
Por que as razões de Israel nunca existem?
Por que as culpas palestinas nunca existem?
Por que Arafat é um herói e Sharon um monstro?
Em definitivo, por que, sendo o único país do mundo ameaçado com a destruição é o único que ninguém considera como vítima?
Eu não acredito que exista uma única resposta a estas perguntas.
Da mesma forma que é impossível explicar a maldade histórica do antissemitismo completamente, também não é possível explicar a
imbecilidade atual do preconceito anti-Israel.
Ambos bebem das fontes da intolerância, da mentira e do preconceito.
Se, além disso, nós aceitarmos que ser anti-Israel é a nova forma de ser antissemita, concluímos que mudaram as circunstâncias, mas se mantiveram intactos os mitos mais profundos, tanto do antissemitismo cristão medieval,
como do antissemitismo político moderno.
E esses mitos desembocam no que se fala sobre Israel. Por exemplo, o judeu medieval que matava as crianças cristãs para beber seu sangue, se conecta diretamente com o judeu israelense que mata as crianças palestinas para ficar com suas terras.
 Sempre são crianças inocentes e judeus de intenções obscuras.
Por exemplo, a ideia de que os banqueiros judeus queriam dominar o mundo através dos bancos europeus, de acordo com o mito dos Protocolos (dos Sábios de Sião), conecta-se diretamente com a ideia de que os judeus de Wall Street dominam o mundo através da Casa Branca.
O domínio da imprensa, o domínio das finanças, a conspiração universal, tudo aquilo que se configurou no ódio histórico aos judeus, desemboca hoje no ódio aos israelenses.
No subconsciente, portanto, fala o DNA antissemita ocidental, que cria um eficaz caldo de cultura.
Mas, o que fala o consciente?
Por que hoje surge com tanta virulência uma intolerância renovada, agora centrada, não no povo judeu, mas no estado judeu?
Do meu ponto de vista, há motivos históricos e geopolíticos, entre eles o sangrento papel soviético durante décadas, os interesses árabes, o antiamericanismo europeu, a dependência energética do Ocidente e o crescente fenômeno islâmico.
Mas também surge de um conjunto de derrotas que nós sofremos como sociedades livres e que desemboca em um forte relativismo ético.
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Pilar Rahola I. Martínez Nasceu em 21/10/1958 é jornalista e escritora catalã, com formação política e MP.
Estudou Espanhol e Filosofia Catalã na Universidade de Barcelona. Possui vários livros e artigos publicados, palestrante internacional requisitada pela mídia e universidades, é colunista do La Vanguardia, na Espanha; La Nacion, na Argentina e do Diário da América, nos Estados Unidos.
De 1987 a 1990 Rahola cobriu a Guerra na Etiópia, Guerra dos Balkans, Guerra do Golfo e a Queda do Muro de Berlim como diretora da publicação Pòrtic.

Suas áreas de atuação incluem Direito das Mulheres, Direito Humano
Internacional, e Defesa dos Animais. Nos últimos anos tem exposto seu ponto de vista sobre Israel e o Sionismo.
Entre diversos prêmios recebidos: Doutor Causa Honoris na
Universidade de Artes e Ciência da Comunicação, em Santiago do Chile (2004), pela sua luta em favor dos direitos humanos; Prêmio Javer Shalom, pela comunidade judaica chilena pela sua luta contra o
antisemitismo; Cicla Price (2005), pelo mesmo motivo; Membro de Honra da Universidade de Tel Aviv (2006); Golden Menora entregue pela Bnai Brith francesa (2006); Laureada com o premio Scopus pela
Universidade Hebraica de Jerusalém (2007); participou como convidada de honra em diversas ocasiões, entre elas no AIPAC de Conferência Política (2008); em 2009 recebeu prêmio da Federação das Comunidades Judias da Espanha, Senador Angel Pulido e Prêmio Mídia de Massa pelo Comitê Judaico Americano pela luta pelos Direitos Humanos; A Liga Anti Difamação lhe concedeu o prêmio Daniel Pearl “pela sua dedicação e comprometimento a um jornalismo honesto e responsável baseado em um código de ética e por falar honestamente ao público”; recebeu o prêmio Morris Abram entregue pela UN pela sua defesa aos Direito Humanos, Genebra, 2011, entre outros.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

BRAZIL. BELO HORIZONTE.. WORLD CUP 2014


Rua Itapecirica (*)
                          
     Zé Pi

A Rua Itapecerica linda
Velhos e honrados edifícios  
Deixam flutuar a mente e brinda
Acolhe a todos por dever e ofício

                        Suba e desça a Rua Itapecerica
                        E como rua não esconde nada
                        Mostra carinhosa, o peito e excita
                        Retribua e sorria para a rua amada














Andei sem me cansar da rua
Nem tão velha, tem rugas de velhas ricas
Reta e curva tornam sua rima nua
Nem pobre, nem rica, só Itapecerica



Talvez abandonada, esconda
Jardins e flores que o perfume indica
Onde muitos ali se amam sem vergonha
De se deixar amar na Rua Itapecerica.
Zé Pi
*Rua Itapecerica, Belo Horizonte. Minas Gerais.Brasil. Um patrimônio tratado como lixo...