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sábado, 30 de abril de 2011

FELIZ DIA DO TRABALHADOR!


MAIS COM MENOS
Marina da Silva

“Queridas brasileiras e queridos brasileiros”, foi desta forma que ontem, 29 de abril de 2011,  a Dama de ferro, Dilma Rousseff, deu início ao seu discurso em comemoração do dia da Colaboração que até poucos anos atrás também atendia pelo nome TRABALHO –  o histórico Primeiro de maio, DIA DO TRABALHADOR!
Desfiando o mesmo e de todo  sempre rosário interminável, grito de ordem daquilo que se costumava chamar esquerda: "No Brasil, estabilidade, crescimento e distribuição de renda, combate à inflação e, principalmente, combate à miséria são, de fato, políticas permanentes". O primeiro de maio deve ser comemorado, segundo a presidenta :

*"com crescimento do emprego e da renda"; o Mínimo subiu estratosfericamente 35 reais valendo uma subsistência 1.99, o que dá para viver a vida com 545 merrecas de salário; já a média salarial do  trabalhador brasileiro, que não passava de R$763.02 em 2002 cresceu absurdamente e inacreditavelmente atingindo a marca histórica de quase 3 salários mínimos.
"Desde julho deste ano(2010), os salários de quem tinha algum tipo de trabalho atingiram suas máximas históricas, passando de R$ 1.472,05, no sétimo mês do ano, para R$ 1.492,52, em agosto, e R$ 1.511,49, em setembro.
Em um ano (entre outubro de 2009 e deste ano), a valorização foi de 6,5%. Em outubro de 2009, os salários médios reais dos ocupados estavam em R$ 1.422,64.
A Pesquisa Mensal de Emprego leva em conta os ganhos em seis regiões metropolitanas brasileiras (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). Entre elas, os maiores salários eram pagos em São Paulo (R$ 1.610, em média), enquanto o Recife tinha a média mais baixa (R$ 1.143,20).

*"com economia sólida": a economia cresce solidamente há quase uma década (brevíssima interrupção com a crise financeira mundial, "uma marolinha"; PIB de 7.5% em 2010 e nas palavras de Dilma "o país continua avançando sem retrocessos";

* "e pleno de esperança no futuro(?): mas nós sabemos que o futuro é agora e "não é mais como era antigamente". Mesmo os brasileiros que mais precisam de apoio sentem que dias melhores estão chegando, diz a presidenta.Segundo IBGE/ 2010: país evolui em indicadores de sustentabilidade, mas ainda há desigualdades socioeconômicas e impactos ao meio ambiente.O país mantém o ritmo de crescimento econômico e evolui nos principais indicadores sociais, mas persistem desigualdades sociais e regionais.Todos os indicadores de desenvolvimento sustentável apresentado pelo IBGE mostram melhoras nos índices, mas nada de espantoso ou que se possa bradar aos quatro ventos: a balança da justiça social está quase equilibrada! Menos, menos; o que foi feito em dois mandatos nem chega perto do que é possível fazer e está longe de chegar ao "estaremos fazendo o impossível" tema da campanha de Lula!


*"Respeito a democracia, aos direitos humanos e as liberdades- entre elas- a liberdade sindical". Enfim a liberdade sindical é livre...desde que seja do sindicalismo de resultados, daquele que veste a camisa da empresa e o sindicalismo xiita que abusa da liberdade de fazer vistas grossas aos ataques aos direitos trabalhistas em nome de manter "os trabalhadores no poder" blindando os políticos petistas e aliados eleitos por 3 mandatos consecutivos! A liberdade da democracia, direitos humanos, do sindicalismo e todas as demais abriram as asas sobre nós e abafou  numa unanimidade abjeta, muitas das  vozes dissonantes, que o diga Emir Sader!
*"A balança da justiça social está mais próxima do equilíbrio": vide crescimento espantoso da classe média...C d e! Mas os pratos da balança "só estarão em equilibrio quando houver menos peso sobre os pobres e sobre a classe média"! Mas o que é classe média no Brasil hoje? "A nova classe média brasileira foi uma das maiores e melhores heranças do governo Lula, disse a presidente Dilma Rousseff, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico, nesta terça-feira, 26.  Na avaliação de experts, a nova classe média é um "grupo formado por 29 milhões de pessoas - pobres que, nos últimos seis anos, subiram da classe D para a C". E a classe média clássica, a tradicional, o sonho de ascenção de todo trabalhador brasileiro?

"A classe dia culta, que havia estudado em boas escolas e que tinha, como valor maior, o acesso à cultura. Cadê essa gente? Pergunta em conversa (a)fiada, Paulo Henrique Amorim. Minha língua está coçando para responder...  

"Renda da classe média cai 46% em 6 anos.O saldo da criação de empregos e da evolução da renda da classe média no primeiro mandato do governo Lula é amplamente negativo. Nessa parcela da população que mais paga imposto e consome, deu-se o contrário do verificado entre os mais pobres, em que a renda e o emprego prosperaram".

No compasso que a banda toca e pelo andar da "coisa" será impossível vencer o desafio proposto por Dilma "não deixar milhões de brasileiros fora dessa era de prosperidade que se amplia e se consolida". A classe C que é a que mais cresce no país e precisa da RENDA FAMILIAR (4 pessoas ) para atingir  2 a 5 salários mínimos! E Dilma insiste no lema tucano de fazer mais com menos recursos? Nem precisa ser matemático para saber que mais com menos é extamente fazer menos ainda ou NADA! Mantendo com a bolsa-esmola e o PAC(to) Miséria uma condição necessária para os políticos se manterem no poder como pai, mãe ou salvador da pátria: o estado fisiológico de pobreza  e miséria de imensos contigentes da população brasileira!

Que continuem a nos enxergar como gado, encurralados pelo voto nos currais eleitorais vá lá, mas vamos exigir TRATAMENTO DE GADO DE RAÇA, PREMIADO, REBANHO DE PRIMEIRO MUNDO!

 

 

TRABALHADOR, "COMO DESCOBRIR SE VOCÊ É POBRE, RICO OU CLASSE MÉDIA"???? http://www.hostpobre.com/como-descobrir-sua-classe-social.html



sexta-feira, 29 de abril de 2011

SE A COISA É UMA COISA BEM ESCRITA...


Mais Que Coisa !!!*


                           O substantivo "coisa" assumiu tantos valores que cabe em quase todas as situações cotidianas.

A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.

A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha. Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.

Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.

Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".

Devido lugar

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas. Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB.

No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".

Cheio das coisas

As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas. Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Coisa à toa

Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".
  Entendeu o espírito da coisa?

                                                                                                    (autoria desconhecida)  

*mensagem enviada por Gisele Araújo, por Juca Zokner e publicada por Marina da Silva www.marinasdasilva.blogspot.com


sábado, 23 de abril de 2011


A PROFESSORA ALOPRADA
Marina da Silva

Era a primeira vez...
Uma turma inteirinha só para ela numa das muitas regiões pobres da grande cidade.
A alegria excessiva da Eventual, uma professora substituta, fê-la suspeitar de um batismo: aquele ritual para novatos e calouros quando entram nestas irmandades da vida. Numa mesma turma, todos os alunos que ninguém queria. Informaram-lhe um tanto debochados. A moça foi para casa convicta de que aquele seria um começo penoso, mas um bom desafio. Afinal, qual era a graça em dar aulas para os melhores alunos? Qualquer professora ruim se sobressairia. O seu negócio era fazer reluzir o ouro escondido em meio aos cascalhos de um rio.
Na sexta voltou armada. As aulas começariam segunda. Espalhou cartazes de boas vindas, fez um céu estrelado com o nome das crianças gravitando ao redor de uma lua. Volta e meia alguém chegava desconfiado à porta da sala.
_ É para receber as crianças na segunda!
E elas vieram! Mais de trinta, terceira série e algumas séries repetidas. Tomou os primeiros pelas mãos, conduziou-os escada acima e observava contente as carinhas espantadas com a sala arrumada e a nova tia. Quase dois meses foram necessários para se fazer ouvida. Bom dia, por favor, obrigada, dá licença, posso tia?
_ Antes das férias teremos uma festa para comemorar os aniversários de janeiro a junho.
E lá vem ela, desengonçada, num tabuleiro tamanho família, equilibrando um bolo azul.
_ É festa? Perguntou o motorista.
_ Para os aniversariantes da minha turma.
A partir de então não mais precisou sonhar com Pasárgada e nem ser amiga de rei. Todos os motoristas a esperavam, quando, às vezes atrasada, vinha correndo esbaforida em meio aos carros cortando as ruas.
Uma sombra na janela tira a atenção da turma. É o menino que não usa o portão de entrada, vem de casa para a escola pulando o muro.
_ Providências devem ser tomadas... e enérgicas!
Um sabão, uma lavada e prisão depois da escola. Ficaram os dois de castigo e ela que tinha horror à ditadura...
A tarefa para meia hora foi cumprida em dois minutos.
_ Eu lhe avisei! É meia hora de castigo.  Coincidentemente o intervalo do ônibus para a próxima partida.
_ Cê é aloprada tia?! Eu tenho que esquentar a comida, acordar meu pai e sair para trabalhar até o meio-dia!
_ Como é? Perguntou a louca assustada.
E descobriu que o menino era acordado às cinco e meia quando a mãe saia para o trabalho e tinha obrigação de ficar desperto até quando o sino da escola batia. Mas o danado adormecia e acordado pelo pai, vigia noturno, saía apavorado e pulava o muro porque aquelas alturas o portão da escola fechado estaria.
_ Vamos embora! No alto do morro, um afago na cabeça e um envergonhado me desculpe.
_ Brema não fessora! E desculpa aí o aloprada... Cê num é doida não tia!




sábado, 16 de abril de 2011

DILMA CEM DIAS DE GOVERNO

O BBB 100...DILMA ROUSSEFF
                 www.google.com.br/images “A inovação mais evidente de seus primeiros cem dias no Planalto foi o quase silêncio, em contraste com os discursos inflamados e praticamente diários de seu antecessor e padrinho, Luiz Inácio Lula da Silva”.


Marina da Silva

Engana-se redondamente quem supõe que a chegada de Super Dilma no Planalto seja apenas um mero e insípido continuísmo da era Lula! Não foi ou é gratuitamente que a presidenta Rousseff, a primeira mulher a ocupar a presidência da República recebeu a alcunha de Dama de ferro em alusão a Margaret Thatcher, a super ministra inglesa que reestruturou a economia do Reino Unido com um pacotão de medidas econômicas neoliberais que envolviam desregulação do mercado financeiro, privatizações de estatais e reformas no mundo do trabalho (leia-se flexibilização e/ou perda de direitos trabalhistas e muitos outros benefícios sociais).

                                        www.google.com.br/images A dama de ferro.

 Com ações drásticas, duras, escorchantes e autoritárias, Mrs. Thatcher bateu e abateu literalmente a classe trabalhadora inglesa, especialmente a organizada, o que lhe valeu o título de Dama de ferro e de quebra estrangulou a classe média inglesa.  Neoliberal, a primeira mulher Primeira ministra britânica serviu de espelho para toda a Europa nas duas últimas décadas do século passado, inclusive e especialmente para países-modelo do welfare State, o estado Providência.


No Brasil, que sequer teve a experiência do estado de Bem-estar-social (a elite, ops,  aristocracia intelectual costuma ver na ditadura clientelista  de Vargas um arremedo do Welfare state) as mudanças rumo e forma de governo em direção a voga neoliberalizante necessitaram primeiramente romper alguns entraves, entre eles, desalojar do poder os ditadores militares (também conhecidos como bestas fardadas); fazer uma transição lentíssima, gradual e segura rumo à democracia para finalmente desbravar a nação na lança, melhor, no jet-ski de Fernando Collor, o anti-cavaleiro e de pior figura que abriu os portos, portas e pernas do Brasil a nações mui amigas!
http://www.politicaparapoliticos.com.br/ “Depois do rompimento com Collor e de assumir a presidência; Itamar Franco estremece com FHC, seu ministro no plano Real”.

Nos anos 90, após romper o topete de Itamar, o vice que assumiu a presidência após o impeachement de Collor, ressuscitou o Fusca e pegou em armas para defender uma hidrelétrica, Fernando, o FHC fortaleceu e deu continuidade as mudanças: plano de estabilização econômica (sub-valorização da moeda nacional e controle da inflação; enxugamento do Estado (leia-se plano de demissões voluntárias, sucateamento dos serviços públicos); congelamento e arrocho salarial do funcionalismo público, mudanças nas regras da aposentadoria (aumento da idade e tempo de contribuição); flexibilização das leis trabalhistas; rebaixamento geral da mão-de-obra, uso abusivo da tercerização no serviço público, achatamento da classe média, concentração de riquezas e o ponto essencial das ordens do FMI (braço intervencionista dos EUA em economias alheias) - privatizações de empresas geoestratégicas, geoeconômicas e geopolíticas brasileiras e controle do déficit público com responsabilidade fiscal (fazer pouco com quase nada). E não se pode esquecer que o presidente da nossa social democracia – PSDB – manteve um “Mínimo” ético, social beirando a imoralidade!


                                              http://pragmatismopolitico.blogspot.com

 Collor e FHC prepararam o país com punhos de aço para a acumulação flexível de capitais e globalização, fizeram o dever de casa imposto pelo FMI. Palavras como  flexibilização, governança, responsabilidade fiscal, compromisso ambiental, politicamente correto, sustentablidade, missão, planejamento estratégico, just-in-time, team (trabalho em equipe), etc, retiradas do vocabulário de curso de administração entraram para a ordem do dia! Com o cenário montado, Lula chegou ao poder vencendo as eleições de 2002 e o medo dos ditadores, do dragão da inflação, dos comunistas e do risco Brasil com uma esperança desbotada (Mensalão PT em 2005), a foice sem corte, o martelo sem cabo e a estrelinha faltando várias pontas! Tocando o país como se fosse um violino, segurando a esquerda e em harmonia com a direita  chegou ao segundo mandato em 2006. Intitulando-se “mãe dos pobres” (aqueles descamisados de Collor e baixa-renda de FHC), Lulinha “paz e amor”  conseguiu muito mais que a Dama de ferro inglesa sem nenhum stress, na lábia e só no sapatinho blindado pelos movimentos sociais de esquerda (MST e Cia.), centrais sindicais e militância xiita e distribuindo  renda através de bolsas-esmola! Dois mandatos, quase 100% de aprovação, Lula, “o Cara”, sucesso absoluto em todas “as paradas” fez sua afilhada Dilma Rousseff sua sucessora na presidência entregando a ela um país estabilizado, inflação sob controle, PIB acima dos 5.5% (em 2010 7.5%), 7ª economia do planeta, com polpudo Fundo Soberano e banhado no petróleo e gás dos hiper campos da camada Pré-sal! E tudo isso sustentado na nova classe média(?) CDE que vai às compras e a escola  em 72 vezes, pagando juro e “mico” levando gato por lebre na onda  genérica da pirataria!
Dilma deu início ao seu reality show como a primeira presidenta, colacando  Hugo Chavez ao lado de Hillary Clinton e pagando benção a Edir Macedo! Do Lulismo teremos o continuísmo do bolsa-esmola, um PAC(to) miséria!  Analistas aprovam governo Dilma com nota 7,75”. Dilma é aprovada por 73% da população segundo pesquisa CNI/Ibope publicada em 1º de abril (mentira?!).
 www.google.com.br/images “Dilma não tem gerado conflitos com a oposição. “Ela foi muito feliz ao convidar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o almoço com Obama”. “Até a oposição tem dificuldades para criticá-la”.
Mudança no time...pouca, o jogo ainda rola com a  “centro-direita” (não se mexe em time que está ganhando, reza a lenda), sem “ficha limpa”, estágio probatório, avaliação de desempenho, meritocracia, “fazendo mais (nada) com menos” (lema tucano) num governo (para cerca de 193 milhões de brasileiros) dividido em quatro áreas e com corte de cerca de 57 bilhões dos 769 bilhões de reais previstos para o Orçamento 2011.
O corte “afetará o excesso de gorduras” provavelmente das “gorduras sociais” e do “gordo” plano habitacional “Minha casa minha dívida, ops, vida”, um plano possível...possivelmente outra embromação para reeleição de Dilma ou volta de Lulinha!
 E “para não dizer que não falei das flores”: aumento mínimo no salário (35 merrecas)! E o pensamento, a filosofia de Esquerda, o Socialismo, Comunismo  Falácia  idealista que ganhou roupagem nova platônica e hoje atende pelo  execrável nome (na européia) de “Socialismo possível”  e na China “capitalismo comunista democrático”.


“Em sua visita ao país, Barack Obama elogiou a democracia brasileira e sinalizou interesse no petróleo e pré-sal”.

“No campo das despesas, o Brasil ainda gasta muito dinheiro com o pagamento de juros da dívida. "As políticas sociais recebem menos da metade do que o país paga de juros", afirma Fonseca, da FGV-SP”.

“Hotel de Eike recebe R$ 147 milhões do BNDES para a Copa. O Hotel Glória, comprado em 2008 pelo empresário Eike Batista, receberá R$ 146,5 milhões, e a GB Copacabana Administração Hoteleira, R$ 11,6 milhões, para a construção de um hotel da rede Ibis em Copacabana.”

“O salário mínimo de R$ 545,00, (...)O  salário mínimo em 2011 será baseado e reajustado de acordo com a Inflação(INPC/Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + variação do PIB (Produto Interno Bruto). Sendo que o salário mínimo projetado para 2012 é de R$588,94 e o de 2013 é de R$ 649,29, cálculos feitos pelo Ministério do Planejamento”.



terça-feira, 12 de abril de 2011

"PORQUE O PASSADO ME TRAZ A LEMBRANÇA DE UM TEMPO EM QUE EU ERA CRIANÇA". Ney Matogrosso

DE ALGUÉM TRISTE

Lili

Mas que dá vontade dá, de jogar tudo pro alto e ir embora. Voltar a ser criança e começar de novo. Que saudades da minha infância! Eu era tão feliz, brincava de casinha, boneca e comidinha. Tinha meu cachorro chamado Xerife, ele era lindo! Tão amigo e companheiro! Sempre ao meu lado, brincando e correndo comigo.
Ai que saudades, quando eu subia no pé de manga e colhia “aquelas mangas”! Chupava jabuticaba até a barriga doer. Jogava bola com minhas coleguinhas (Aparecida e Fátima). Passeava na beira da lagoa e pescava numa varinha de bambu com linha de carretel e alfinete. Ah! Que saudades quando chegava da escola e colhia tomate e alface na horta para eu almoçar e a tardinha aguar a horta de alface, canteiros enormes com minha mãe! Colher os ovos pra minha mãe fazer bolos e biscoitos. Seguir a galinha para achar o seu ninho, que legal que era! Ir à escola a pé e voltar pegando frutas nos sítios da região; andava uns 3 km pra ir e pra voltar. Quando chovia andava na enxurrada e molhava toda a roupa só pra ouvir minha mãe dizer: graças a Deus chegou! Vai vestir uma roupa seca senão você gripa! Ai que saudades! Ai que saudades! Hoje é quase tudo chato, mas sigo em frente com essas boas lembranças é o que me consola às vezes. Queria ter a alegria da infância, a pureza nas coisas. Mas fui muito feliz na infância e procuro ser feliz hoje a conquistando dia a dia.
É difícil eu sei, mas não desisto e quando lembro vejo que a felicidade existe!

domingo, 10 de abril de 2011

"NÉ BRINQUEDO NÃO!"

A LOUCURA DO TRABALHO

 Fonte: http://ciceroart.blogspot.com/2008_09_01_archive.htmls

Marina da Silva
“Médicos e professores encabeçam a lista de agressões no trabalho” - parece manchete de jornal sensacionalista de país “subdesenvolvido terceiro mundista” como o Brasil, mas o quadro acima se remete à Espanha, nação do “primeiro mundo desenvolvido” europeu. Esta é a triste realidade que vem enfrentando médicos e professores em Espanha_ informa o jornal La vanguardia. “Os professores não são os únicos que sofrem um aumento de contatos de violência no local de trabalho”. A violência só muda de cenário, ou melhor, tem crescido cada vez mais em hospitais e clínicas de urgência. “Antes os pacientes perguntavam por sua doença, agora exigem saber por que a tem” desabafa Chistina Lhena. Para Ana Fort, professora, o aumento das agressões físicas e/ou verbais aos mestres é reflexo “da perda de autoridade dos docentes”.
      Fonte:  http://crikasene.blogspot.com/2010/10/ser-professor-hoje.html

Mas urge ir mais profundo e apreender e compreender este fenômeno, não restrito a Espanha, onde uma mãe foi julgada e condenada “a dois anos de prisão por agredir a professora de sua filha”. A violência na Espanha é assustadora, embora “casos extremos não sejam tão freqüente: os trabalhadores “além de lidar diretamente com aqueles considerados seus clientes diretos, pacientes e alunos, têm que suportar também insultos, desprezo e cara feia de pais de alunos e familiares do paciente”.
No Brasil, trabalhar como cuidador _ palavra infeliz e abjeta, que vem sendo usada displicentemente para se referir aos profissionais da saúde e educação_ em escolas (incluso jardins de infância), postos de saúde, unidades ambulatoriais de emergência, pronto socorros e hospitais está se tornando uma loucura! Aqui o quadro é aterrador! Destruir e assaltar escolas e unidades de saúde, destruir e lesar o patrimônio dos profissionais, ameaçar e assediar (agressões físicas e psicológicas) e assassinatos de trabalhadores são fatos corriqueiros na mídia, notícia 1,99 com direito a BBB no youtube!
                               Fonte:  /http://jccavalcanti.files.wordpress.com/2007/10/classes-sociais.jpg

Como, quando, onde tudo começou? Qual o porquê da corrosão do sistema educacional e da saúde? Quais os sinais e sintomas de adoecimento das relações médico/paciente/família, professores/alunos/pais passaram despercebidos pela sociedade civil? E o Estado, por que se cala? Como reverter este quadro?
Na Espanha há pelos menos uma década “se aprecia um notável crescimento das agressões, tanto físicas quanto verbais, tanto de pacientes como por parte de seus familiares”. No Brasil a deterioração do sistema de saúde e educação pode ser rastreada no início dos anos oitenta: precarização (estrutura física, material), falência do sistema de ensino e saúde, desvalorização das atividades, rebaixamento salarial, descaso e desprezo por estas atividades, adoecimento dos trabalhadores, aumento do absenteísmo, perda de autoridade, humilhações, desmotivação, etc. No final dos anos 80 em Minas Gerais, professores, a maioria mulheres, era um “bando de mal amadas que sustentavam maridos” e médicos eram sal: “branquinho barato e em todo canto se acha”, nas palavras do governador e seus secretários.
Na mídia e em discursos eleitoreiros, médico e professor são profissões “sagradas”, ”saúde e educação as questões mais importantes da sociedade” e é esta sacralização que garante a exploração e precarização das condições e relações de trabalho e a sujeição de médicos e professores a ambientes cada vez mais insalubres, perigosos, humilhantes e adoecedores em troca de uma vaga no céu! Basta!
Sou professor da rede estadual há oito anos e ocupo dois cargos como professor desde 2005. A partir do ano que vem mudarei de carreira e, infelizmente, largarei a profissão que um dia imaginei que desempenharia e que seria aquela que me realizaria como profissional e ser humano.Estou cansado de ser tratado como um lixo pela política educacional (ou pela falta dela)... Sem um plano de carreira, sem condições de trabalho dignas, lidando semanalmente com mais de mil alunos (21 turmas x 50 alunos), recebendo um salário ridículo, sem nenhum benefício, tendo que pagar para tomar conta dos carros da escola, comprar água, sem horário para refeição, sofrendo com a violência por parte da comunidade (já levei tiros em porta de escola e fui agredido e presenciei agressões aos meus colegas), sem um apoio pedagógico realmente eficaz, entre muitos outros fatores”.  Desabafo de Márcio Ferro, comentando o artigo “Uma greve contra os pobres” de Gilberto Dimenstein, publicado na Folha de São Paulo em 09-03-10, o jornal mais importante do país!

AOS FAMILIARES DAS CRIANÇAS: DEUS LHES DARÁ  FORÇA, AMOR E LUZ PARA SEGUIR EM FRENTE.

"Uma grande tragédia aconteceu nesta quinta feira 07/04, um homem que abriu fogo em uma escola em Realengo, na Zona Oeste do Rio, o atirador foi identificado pela polícia local como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Segundo informações da Polícia Militar, ele era ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira.
De acordo com o coronel Djalma Beltrami, Wellington deixou uma carta no local. O coronel avalia que a carta tinha inscrições “complicadas”.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, 11 pessoas morreram e 18 ficaram feridas. O Relações Públicas da Polícia Militar, coronel Ibis Pereira, confirmou que o atirador morreu."


quinta-feira, 7 de abril de 2011

LUTO

ESTAMOS DE LUTO E NOS SOLIDARIZANDO COM OS FAMILIARES DAS CRIANÇAS ASSASSINADAS NUMA ESCOLA DO RIO DE JANEIRO!
AOS PAIS: QUE DEUS LHES DÊ FORÇA E MUITA FÉ PARA SUPORTAR TÃO GRANDE DOR!

"A presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias pela tragédia ocorrida em uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, onde 11 crianças foram mortas por um atirador. O episódio emocionou a presidente, que um pouco mais cedo encerrou uma cerimônia no Palácio do Planalto pedindo um minuto de silêncio em respeito às vítimas".