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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BRAZIL: o jeitinho legal de gastar dinheiro público!


ENCONTROS NACIONAIS

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 Sérgio Antunes de Freitas

Os órgãos públlicos federais se parecem, cada vez mais, com essas páginas eletrônicas da Internet que promovem o encontro entre pessoas.
As razões disso começam com um dogma dos servidores que tratam do orçamento da União: quem devolve dinheiro aos cofres públicos é incompetente. Consequentemente, se um órgão não gasta o dinheiro que lhe é destinado, de castigo, no ano seguinte, recebe menos recursos, se não houver outras variáveis políticas. Em vez de aplicar, o objetivo é gastar.
Junte a isso a vontade dos servidores de receber diárias. Em muitos casos, esse ganho é uma complementação salarial quase constante.
Há também a gostosura que é viajar em turismo. E de graça! Se tiver cartão de milhas, ainda acrescentam algumas a ele, para viajar com a família nas férias. Embora isso seja condenável, pois é uma forma de as empresas terem preferência, oferecendo vantagens indevidas para os servidores públicos, virou costume aceito até pelos órgãos de controle, cujos servidores também são aquinhoados com o procedimento.
Agora, vem a receita!
Em primeiro, deve-se criar um programa. Precisa de um nome chamativo e justificante. Por exemplo, Meu alimento, meu sustento.
A fim de se disseminar os métodos a serem usados na implementação do programa fundamental para o progresso do país, é promovido um encontro nacional, contornando-se facilmente a norma que proíbe viagens com muita gente.
Mas como atingir o máximo de colegas que deverão ser os facilitadores” e multiplicadores” em suas bases? Ora, criam-se os famosos polos regionais! Na região Norte, geralmente, a cidade eleita para ser um polo é Manaus, tradição que vem do tempo em que era vantajoso visitar a Zona Franca para comprar bugigangas. Na região Nordeste, qualquer capital serve, menos Teresina, pois não tem praia. Na região Sudeste, Rio de Janeiro, claro! Na região Sul, Floripa é uma boa, se não houver influência de gaúchos na história. No Centro-oeste, qualquer capital, menos Brasília, já que não beneficia, com diárias e passagens aéreas, os mais poderosos. Goiânia também não, por que é muito perto.
Teleconferência? Não, é muito impessoal, não tem calor humano.
É importante iniciar os trabalhos na segunda-feira, pois haverá a justificativa, exigida por norma ministerial, e todos poderão viajar no domingo à noite, recebendo uma diária bem econômica, já que não precisarão pagar almoço e janta nesse dia.
A empresa contratada para realizar o encontro, a um preço de quinhentos, seiscentos, um milhão de reais, prepara o material a ser distribuído na manhã de segunda, quando ocorrem as inscrições. Cada inscrito recebe uma pasta, com os dizeres: “I Encontro Nacional de Gestores para a Consecução de Objetivos Econômicos e Sociais na Esfera dos Arranjos para a Nutrição Popular. Dentro, duas canetas esferográficas, um bloco de papel e um pacotinho de biscoitos de chocolate. A pasta se tornará, em futuro próximo, presente para o porteiro do edifício ou a empregada doméstica e servirá para guardar certidões de nascimento, carnês do INSS, fotografias da família.
Na segunda a tarde, na abertura, o dirigente máximo do órgão diz os jargões que se espera: que o encontro será um marco regulatório” de uma nova gestão, que o orçamento não será impactado” pelo encontro, que o órgão terá melhor governabilidade” com os produtos” esperados.
Durante os dias seguintes, nas reuniões, nas mesas redondas, nas oficinas” etc., entre“cofibreiques” e apresentações culturais, os jargões serão repetidos por todos, entre profusos elogios à iniciativa, até sexta-feira de manhã, quando será lido e votado o relatório final, ficando a tarde livre para que todos possam voltar para os seus lares com tranquilidade.
Se alguém aventar a hipótese de que tanto dinheiro poderia ser destinado à saúde, à educação, à alimentação das crianças pobres do Brasil, será sumariamente eliminado dos próximos encontros, pois não sabe reconhecer a importância de uma ação tão relevante para o bom trabalho do governo.
Mas um fato é indiscutível: esses encontros, muitas vezes, propiciam relacionamentos sérios, como casamentos, mancebias, concubinatos.

"Dinheiro público:Transparência e controle social: Conferência elege delegados para encontro estadual" 13-02-12



"Representantes do poder público, sociedade civil e conselhos de políticas públicas reuniram-se na última sexta-feira (10) na 1ª Conferência Municipal sobre Transparência e Controle Social (Consocial) em Alta Floresta.
As conferências são promovidas em todo o Brasil. O movimento foi instituído pelo governo federal e coordenado pela Controladoria Geral da União.  O objetivo da mobilização é estimular a participação da sociedade no processo de controle e acompanhamento dos investimentos públicos."


domingo, 26 de fevereiro de 2012

ESTILO DE VIDA 1.99...


LIFE STYLE 1.99

Marina da Silva

“Tudo o que é sólido se desmancha no ar”,  a condição primordial de existência do capitalismo, um sistema de produção cuja lógica é expandir-se sempre, rompendo barreiras geográficas, religiosas, culturais, ideológicas, sociais, econômicas, políticas, éticas, morais, sexuais e etc e tal também! Que havia um descompasso entre a produção material humana e o processo de humanização dos seres humanos (excluso cães, gatos e outras espécies animais colocadas no mesmo patamar que o gênero humano) Adam Smith- autor da célebre obra A riqueza das nações já observara  ainda na fase de amadurecimento do novo modo de produzir e a registrou. Este paradoxo- minuciosamente estudado no século seguinte, entre outros, por Karl Marx – é o nó Górdio capital!

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”Como classe, os trabalhadores de cerâmica, homens e mulheres,(...) representam uma população física e moralmente degenerada. São em regra franzinos, de má construção física, e frequentemente tem o tórax deformado. Envelhecem prematuramente e vivem pouco, fleumáticos e anêmicos”.  Public Health,3rd report in O capital. Marx p.285

Quanto mais o homem produz mercadorias, quanto mais lança mão da ciência e tecnologia, mais ele se desproduz, desumaniza-se. Expandir sempre e cada vez mais exponencialmente é a lei geral do processo de produção capitalista, apropriando-se  e expropriando tudo e todos em qualquer lugar do planeta, com o único objetivo: lucro, lucro, lucro! Infelizmente o lucro deriva de combinações que ao mesmo tempo incita como inibe a competição/concorrência. Se o mundo fosse feito somente de capitalistas seria...o fim!

www.google.com.br/images “A fabricação de fósforos de atrito data de 1833, quando se inventou o processo de aplicar o fósforo ao palito de madeira.(...)A metade dos trabalhadores são meninos com menos de 13 anos e adolescentes com menos de 18. Essa indústria é tão insalubre, repugnante e mal-afamada que somente a parte mais miserável da classe trabalhadora, viúvas famintas, etc., cede-lhe seus filhos, “crianças esfarrapadas, subnutridas, sem nunca terem frequentado uma escola.(...) Dante acharia que foram ultrapassadas nessa indústria suas mais cruéis fantasias infernais”. Marx. O capital.



E o capital só dá bons frutos quando investe em “inovação” (mesmo que a “novidade” seja “recriar” o arcaico, velho, bizarro) que aumentem a extração de mais-valia tanto relativa (uso de maquinaria, ciência e tecnologia) como absoluta (exploração da mão-de-obra em condições e relações sociais precárias, desumanas).

www.google.com.br/images. Máquina analítica de Charles Babbage
No inicio do século XVII, René Descartes propôs que os corpos dos animais não mais que máquinas complexas. Blaise Pascal criou o primeira máquina de calcular digital em 1642. No século XIX, Charles Babbage e Ada Lovelace trabalharam em máquinas mecânicas programáveis para calcular. 


Capitalistas de um lado proletários de outro, o conflito está armado. Enfrentamento, resistência, lutas, mortes; o gérmen da reação à precarização total da vida de homens, mulheres e crianças só começará a colher alguns frutos legais a partir de 1831.

www.google.com.br/images. ”Além de encontrar esse limite puramente físico, o prolongamento da jornada de trabalho esbarra em fronteiras morais. O trabalhador precisa de tempo para satisfazer necessidades espiritais e sociais cujo número e extensão são determinados pelo nível geral de civilização.(...) Encontramos jornadas de   trabalho de 8, 10, 12, 14, 16, 18 horas, da mais variada duração.(...) a regulamentação da jornada de trabalho se apresenta, na história da produção capitalista, como luta pela limitação da jornada de trabalho...”

Jornadas extensas, baixos salários, locais insalubres, péssimas condições e relações de trabalho, uso e abuso do trabalho de crianças, mulheres, idosos para baratear os custos de produção e rebaixar os salários dos homens adultos. Contra esta realidade dura e cruenta, greves, destruição de máquinas e locais de trabalho,  lutas pela legislação trabalhistas e as utopias; anarquismo, socialismo, comunismo, pois também “sem uma cachaça ninguém segura esse rojão”!
www.google.com.br/images. A luta dos trabalhadores neste período se remete a luta pela jornada e contra locais e condições de trabalho insalubres!

No mundo do trabalho- as relações  e condições de trabalho e principalmente salários- impera o conflito, um estado bélico permanente, cristalizando  “A lei geral de acumulação capitalista”: concentração de riquezas num pólo e pobreza, miséria no outro. Duas revoluções tecnológicas (1750/1850) chegamos ao século XX  com um capitalismo monopolista (formação de trustes/cartéis) e o mundo do trabalho alterado (uso intensivo da ciência e tecnologia no processo produtivo) pela crescente automação. A introdução da esteira rolante e fragmentação do trabalho em várias etapas tornou o trabalho tedioso, repetitivo e amalgamou o homem como uma ferramenta que faz parte da máquina! “Por que todas as vezes que peço um braço me enviam homens” dizia Ford o criador da mercadoria padronizada, a produção em massa, a cultura de massa, os trabalhadores em massa informe, ali nos primórdios do século XX! Admirável gado novo!
www.google.com.br/images. O mago Charles Claplin em Tempos modernos, a mais contundente crítica ao sistema fordista/taylorista de produção.

Duas Grandes Guerras mundiais, crash da Bolsa em 1929 (EUA), exacerbação do nacionalismo, fascismo, nazismo, revoluções socialistas (antiga União Soviética, Cuba, países do leste europeu) e comunista (China, Coréia), Guerra fria (capitalistas-EUA X comunistas- URSS) e principalmente a chamada “Terceira revolução tecnológica” não apenas alteraram as formas de produzir (Taylorismo/fordismo) flexibilizando e dispersando geograficamente a produção; o mundo do trabalho (uso de mão de obra barata, não organizada e desprotegida de legislação trabalhista em qualquer parte do planeta),como afetaram a percepção de tempo/espaço e deixaram o  século XX, “curto”...esta tal de globalização!

www.google.com.br/images Coca-cola abre sua terceira unidade de produção na China, o pais comunista mais capitalista do mundo! Uma super potência capitalista que massacra os trabalhadores pela adesão ideológica ao comunismo (de Mao) voluntária ou autoritariamente!

O fim dos empregos! Com a chamada Terceira Revolução Tecnológica, muitos analistas, entre eles André Gorz (1980), J. Rifkin  profetizavam e alertavam o mundo, em especial, o Primeiro Mundo (Europa, Canadá, Japão, União Européia, Inglaterra) que a reestruturação produtiva seria letal para os empregos no planeta! Máquinas economizadoras de mão-de-obra (inteligência artificial), robotização, automação com base na microeletrônica, aliada à transferência desenfreada de plantas industriais para países com maiores vantagens comparativas (mão-de-obra abundante, não organizada em sindicatos, escrava; matéria prima barata, isenções de impostos e outras benesses de governos locais nas disputas pelas empresas) levariam ao “declínio inevitável dos níveis de empregos e a redução da força global de trabalho”! O trabalho deixaria de ser central na vida das pessoas e o jeito seria “aproveitar a mão-de-obra inaproveitada de milhões de pessoas para tarefas construtivas fora dos setores público e privado” no voluntarismo e “empregos sociais” pagos com bolsa-esmola, o mesmo que colaboracionismo!
www.google.com.br/images. século XXI. Mais do nunca o lucro capitalista vem da exploração e expropriação da mão-de-obra, do trabalho de seres humanos em condições sub-humanas! Este mosaico representa a POTÊNCIA das economias capitalistas emergentes, os BRIC's- Brazil, China, India, Rússia! E estes países não são a excessão e sim A REGRA de exploração do trabalho no mundo atual!

Chegamos ao século XXI com os trabalhadores transformados em colaboradores, o sindicalismo enfraquecido (leia-se morto), salários de fome,    jornadas extensas, mais de 50% da PEA formada pela mulheres,  as utopias de esquerda, meras falácias; o subemprego, a terceirização, o trabalho escravo e o trabalho em condições análogas a escravidão em expansão geométrica, a perspectiva de melhores dias, de um futuro melhor...AUSENTES! 
A ascensão da China e sua entrada na OMC vem sendo um duro golpe para a economia e para o mundo do trabalho em países de quaisquer mundo! Da invasão chinesa herdamos o império dos produtos 1.99(leia-se baixa qualidade, uso de mão-de-obra escrava), capitais especulativos, empresas, imigrantes legais e ilegais (principalmente), o controle dos asiáticos pelas máfias nos países receptores, etc e tal!


Mosaico criado a partir de fotos de Marina da Silva. A INVASÃO CHINESA: Paris (foto 1) e Belo Horizonte. No Brasil impera o mundo 1.99 e desde 2010 a China domina mais de 50% do comércio legal e cerca de 99.99% do ilegal!





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

REELEIÇÃO NÃO!


Fichas sujas e REELEIÇÃO
Aldo Paviani   
www.google.com.br/images. 
  
Em complemento à decisão do STF, que validou a Lei da Ficha Limpa, deveremos lutar por alguns avanços:
1 - Que se proíba a reeleição em todos os patamares da república, nos municípios,  nos estados e em âmbito federal.  Justificativa: não se concebe que alguém fique     no Congresso Nacional por 40 anos e, no caso do Sir Ney (como o denomina Millôr),     no mínimo 60 (era deputado federal no Rio, antes da transferência da capital). Isso é     inconcebível, como é a perpetuação da oligarquia, com filhos e filhas (tal como Roriz,     que as faz de "vaquinhas de presépio"). 
www.google.com.br/images

Isso deve acabar. Sim, a segunda justificativa é     que a reeleição é a "mãe" de todos os vícios políticos, tal como a preguiça para o trabalhador;
2 - A nova Lei, inclusive valendo para o próximo presidente e todos os demais: 5 anos, tal como foi ao tempo de JK e fim de linha;
3 - Adotar, como os EUA o fizeram, uma Lei que puna severamente o corruptor: suborno tem no grande país do Norte, penas pesadas (ver 1a. p. da FSP de 19/02/2012). Projeto semelhante, mas suavizado, corre no Congresso Nacional. Quem sabe, teremos avanços políticos!!

      
Pode divulgar a proposta acima? Ou trocar ideias para o aperfeiçoamento da política nacional.      Abr. Aldo  
EU APÓIO E COMPARTILHO: REELEIÇÃO NÃO! Marina   




terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

É CARNAVAL NESTE DIA NINGUÉM CHORA! SALVE JOÃOSINHO TRINTA!


RELATÓRIO DE UM EXTRATERRESTRE

http://www.google.com.br/imgres. Carnaval de Diamantina, Minas Gerais!

Sérgio Antunes de Freitas


Senhor Comandante,

Ao passar pela Via Láctea, detetamos um som, em alto volume, vindo de um planeta distante.
A ele nos dirigimos, a fim de verificar que tipo de vida prevalece no local.
De longe, observamos que o som provinha de vários pontos. O de maior volume chegava de um local com umas espécies que julgamos interessante analisar.
Uma delas estava em uma rede e emitiu um som baixo, que deciframos como sendo: - Mainha, traga um copo de água para mim.
E a mainha disse: - Levanta e vai pegar, Adroaldo!
E o Adroaldo disse: - Ah! Amanhã, eu bebo.
Semelhantes a ele, embora não tão tranquilos, se aglomeravam acompanhando um veículo lotado de auto-falantes, emitindo o som alto que chamou a nossa atenção. Iam pulando e repetindo um líder que dizia assim:
Eu quero be-já, be-já, be-já
Ô, ô, ô, ô, ô,
Salvadô, Salvadô,
Ba-ê-ê-ê-ê-ê-ê-a-aaa.
Foi possível perceber que a espécie se divide em dois tipos, masculino e feminino, embora, em alguns muitos casos, tenhamos ficado realmente em dúvida sobre a qual se relacionava um indivíduo observado, ou se havia outros gêneros não identificados pelos nossos antropólogos.
Os indivíduos da espécie ficavam repetindo a cantilena, se abraçando, se beijando e se encaixando. Às vezes, um encaixava um outro, que não queira ser encaixado, e recebia uma porrada de perder o rumo.
De repente, notamos que um som também em alto volume vinha de uma coordenada mais ao sul. Voltamos os nossos sensores para o alvo e percebemos outro grupo animal semelhante, com um líder que, primeiramente, gritava: - Aí, comunidade! Vamos mostrar para o mundo que o Morro da Inclemência tem samba no pé!
Em seguida, os tambores iniciavam a percussão e a comunidade começava a chacoalhar.
O líder, então, gritava: - Na avenida...
E a comunidade começava a cantar:
Na aveni-i-i-i-i-da
A minha escola vai passar...
E todo mundo, chacoalhando, se dirigia para uma passarela, onde outros assistiam e também chacoalhavam.
Um sistema de transmissão de imagens mostrava, às espécimes distantes do local, o que acontecia ali e, provavelmente, repassava informações históricas relevantes para o planeta, em um processo de educação à distância, como, por exemplo:
- Está vendo a Isabelzinha, que é a terceira porta-bandeira dessa escola, ela é filha da Dona Creusa, que mora lá no Morro do Tatuí. Todo mês, a Dona Creusa faz uma rabada e a velha guarda da escola vai lá no barraco dela, para lembrar os sambas-enredos do passado. Vai o Zoró, o Tião da Arminda, o Cróvis do reco-reco, o Xirico, o Carniça, o Carçola, todos famosos, verdadeiros guardiões da tradição.
Como muitos da espécie reclamam, parece que, de fato, há problemas de má distribuição de renda no planeta, principalmente sob a perspectiva do gênero, pois a maioria dos masculinos quase não se aguentava com as roupas, enquanto boa parte dos de gênero feminino não tinha o que vestir.
Grupamentos menores, espalhados pelo país, imitavam e repetiam os exemplos citados, mas em densidade menor.
Após exaustivas reuniões de nossa equipe, concluímos que, na verdade, os costumes se referem a danças de acasalamento, pois, nove meses depois, acontecem verdadeiras explosões demográficas.
Entretanto, o problema maior, e razão desse relatório, é que metade de nossa tripulação resolveu ficar por lá.
.http://expressopb.com/2011/12/morre-joaosinho-trinta-carnavalesco-polemico-e-revolucionario/ "(...)transgressor, Joãosinho Trinta enfrentou a Igreja Católica por tentar retratar a miséria do povo brasileiro em 1989 com um carro alegórico coroado com uma imagem do Cristo vestido de mendigo. A imagem foi censurada e desfilou pelo Sambódromo tapada com papel preto, com a frase “Mesmo proibido, olhai por nós”.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

BRAZIL: BELO HORIZONTE/MG. IRRESPONSABILIDADE VERDE!




BEAGÁ: RESPONSABILIDADE  AMBIENTAL  PHODA!
Marina da Silva
Enquanto crianças e jovens sofrem o terrorismo psicológico verde - ainda no útero das mães, passando pelas creches, ensino fundamental, médio e universitário- os políticos (pessoas escolhidas pelo voto dos cidadãos para administrar municípios, estados, país) cometem verdadeiros crimes ambientais e ficam ilesos, como se impermeáveis fossem às leis quer sejam elas legais, morais, éticas, religiosas, culturais e o escambal!

WWW.google.com.br/images O discurso verde é apaixonante, comovente, apela para o que há de melhor no cidadão e...sustenta-se numa falácia!


“Ano 2070 acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água.(...) Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora.”Carta 2070

www.google.com.br/images Belo Horizonte frente e verso: serra do Curral emoldura a belíssima capital mineira, mas no fundo esconde a verdadeira Matrix de mais de 5(?) décadas de exploração desenfreada e gananciosa de minério de ferro!

Belo Horizonte, um dia conhecida como a “Cidade Jardim” pelo seu patrimônio natural verde, um clima serrano agradável, veio perdendo paulatinamente este status durante seu desenvolvimento e expansão populacional e urbana (1896/anos 80), processo este que ganhou uma celeridade extraordinária nas duas últimas décadas (1990-2010). O último suspiro de preocupação com o patrimônio histórico, ambiental, cultural e social se deu no governo de Patrus Ananias (1993-1996) e morreu de vez juntamente com Célio de Castro, mais conhecido como o “Doutor Beagá” (prefeito de 1996-2002). A globalização mundial dos mercados trouxe com ela a preocupação com o aquecimento global e a destruição do planeta e como sempre o anseio, a consciência, o discurso verde foram apropriados pelo capitalismo (capitalismo-capitalista, capitalismo-socialista, capitalismo-comunista, capitalismo-fundamentalista...) virou mercadoria com selinho ambiental e créditos em carbono, uma verdadeira falácia verde!
www.google.com.br/images Este selo sustenta a acumulação capitalista verde!

 Todo político/administrador é verde, politicamente correto, socialmente responsável com imenso compromisso ambiental! “MEIO AMBIENTE E CIDADANIA. Prefeitura e TV Globo Minas lançam Programa Uma Vida, Uma Árvore. Parceria entre Prefeitura de Contagem e TV Globo Minas possibilitará o plantio de uma árvore para cada nascimento na cidade.”


Vários municípios mineiros já aderiram a programas como este “uma criança + uma árvore plantada”. Belo Horizonte, a capital mineira é uma delas. Mas engana-se que com esta atitude pode-se reflorestar Beagá  e diplomá-la novamente com o título de cidade jardim. E isto não acontecerá especialmente pelas últimas administrações (após a saída do “Doutor BH”) que de compromisso – de qualquer tipo- deixa muito a desejar (e olha que estou sendo super boazinha).

Fotos de Marina da Silva


Além da cidade  andar totalmente maltratada (pichada, esburacada, suja, necessitando de capinas, podas, manutenção de passeios, transporte público decente, ATENÇÃO A SAÚDE, EDUCAÇÃO etc, etc e tal também) é descuidada e“desadministrada”.

www.google.com.br/images BEAGÁ NO CAMINHO DA WORD CUP 2014! PAMPULHA. Fotos no alto são do Mineirão antes das obras da copa; fotos inferiores mostram o Minerão limpinho do verde e como ficará depois de pronto! AS ÁRVORES DO MINEIRÃO RECEBERAM O MESMO CARINHO DAS ÁRVORES DA AVENIDA ANTÔNIO CARLOS, AVENIDA CRISTIANO MACHADO, PARQUE MUNICIPAL: PHODA!


“Prefeitura renova projeto Uma Vida, Uma Árvore. 08/06/2009. O ponto alto das atividades da manhã de Marcio na Pampulha na sexta-feira, dia 5, foi a renovação do convênio com a Rede Globo para garantir a continuidade do Projeto Uma Vida, Uma Árvore. A assinatura aconteceu exatamente no Dia Mundial do Meio Ambiente, na Praça da Pampulha”.


O cidadão é obrigado a conviver com duas realidades e escolhe a que menos estressa: a midiática eleitoreira que apresenta Beagá como a melhor cidade do mundo para se viver e com os melhores prefeitos do Brasil e a Beagá real, cuidada pelos seus cidadãos que adotam o verde e muitas outras ações pertinentes a administração pública para não permitir que a cidade seja engolfada pelo lixo, insegurança, violência e outras mazelas.
  APESAR do poder público impor através de lei a extinção da sacolinha de supermercado e em contrapartida não exigir sua substituição sem ônus ao consumidor, pela sacolinha verde, a população aderiu maciçamente ao banimento da sacolinha para salvar o planeta! MAS... corre a boca miúda que tal lei serviu para beneficiar, não a causa verde, e sim o lucro sustentável das grandes redes de supermercados! JÁ o berizontino é 100% .amigo.da.cidade.com.bh!
Fotos de Marina da Silva. OS MELHORES DE BELÔ!
Associação dos Moradores do Bairro Belvedere ores do Bairro ...
Foram plantadas em conjunto com PBH através do projeto (uma criança uma árvore) mais de 205 árvores no parque das nações”.


Esta é a verdadeira face da cidade de Beozonte, a luta de seus cidadãos para conviver com uma cidade naturalmente bela e pessimamente administrada! O compromisso e responsabilidade ambiental atual em Belo Horizonte é phoda e bota Ph nisto! Não é sacanagem com as últimas administrações da capital/estado (PSDB/PT/PSB trabalham em parceria e se revezam na administração auxiliados pelos demais partidos): o atual prefeito  lacerda foi secretário de desenvolvimento do governo aécio neves/anastasia, mas coincidência ou não é no governo destes que se pode comprovar o dito “Façam  o que eu digo e não o que faço”! A duplicação da Avenida Antônio Carlos (em várias e longas etapas), por exemplo, cristaliza o descaso total  e o uso abusivo do dinheiro público em Belo Horizonte: a obra começou em 2004 e vem infernizando a vida de quem utiliza esta via diariamente desde então. Foi entregue inacabada e  em março de 2010; destruída a partir de março de 2011 para implantação do novo sistema de transporte BRT. INCOMPETÊNCIA? Não, expertise, isto é, as obras públicas jogam com o tempo para garantir o consumo legal da verba e exigir “aditivos” para finalização...então qualquer duplicação vira uma história sem fim de gastos do Erário e de quebra garante eleição, reeleição e distribuição de cargos públicos para gente suspeita de corrupção e má versação do dinheiro público!

 "Ministério Público propõe ação contra Aécio, Pimentel e Lacerda por abuso de poderda Folha Online
"O MPE (Ministério Público Eleitoral) propôs uma ação contra o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) e o candidato à prefeitura da cidade Márcio Lacerda (PSB) por abuso de poder, de autoridade e de poder econômico. Aécio e Pimentel apóiam a eleição de Lacerda". 


 Antes os monumentos recebiam um trato para as visitas importantes, hoje nem a visita do Papa dará uma garibada na praça...do Papa! Em política a propaganda sempre foi e será a alma do negócio e na era high tec com direito a photoshop!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

ORGULHO DE SER PAI...


HOMEM NÃO CHORA!

www.google.com.br/images
Sérgio Antunes de Freitas

No começo deste ano de 2004, li um artigo do Senador Cristovam Buarque que propunha a criação de um feriado ou coisa semelhante: tornar o primeiro dia letivo do ano uma data especial.
Nessa data, no começo do ano comum, todas as atenções seriam voltadas para o início do ano escolar, para demonstrar ao resto da tribo que se iniciaria um período importante, o mais importante de todos.
Fiquei imaginando pais levando os filhos para a escola, música, dança, fantasia, abraços, esperança, um carnaval menos profano, mas não menos alegre.
Tantos feriados e dias santos em nosso calendário que, para não complicar o calendário econômico, bem poderíamos diminuir algum feriado santo e criar esse outro.
Se o santo for santo mesmo, cede o espaço com prazer.
E meu pensamento boiava nessa idéia, quando outra informação me assustou: dentro de algumas semanas, eu buscarei minha filha na escola pela última vez. A próxima etapa é a faculdade, não menos importante, e eu devo buscá-la também, mas essa que se encerra é fundamental.
Comecei a ver o filme da vida de trás pra frente.
Na primeira cena, seu namoradinho me chamando de “Tio”. Garoto agradável e inesperado! Tão simpático e educado que meus ciúmes nem pensaram em estrangulá-lo.
www.goolgle.com.br/images
Retornando mais para o passado, rememorei minhas perguntas pelos boletins, meus questionamentos pelos resultados negativos, meus elogios pelas boas notas; também meu silêncio pelos seus atos falhos que revelavam inocência, a evolução da vida, as falhas humanas.
Em todo o tempo, a identificação com a minha própria experiência.
Até que cheguei aos primeiros dias, em que a mãe me entregava uma criança cheirosa, de uniforme de creche, com uma lancheira pendurada no ombro e os olhos de amor para mim.
Só me cabia transportar aquela generosidade dos céus até a escola e, depois de uma música divina, vê-la entrar por uma porta, olhando para trás, para mim. E eu na dúvida se merecia o momento, a emoção.
Mais tarde, eu voltava a pegar em sua mão, para retornar à nossa casa, ouvindo suas estórias, suas músicas, suas angústias inocentes.
Desculpem-me a falta de modéstia, mas nunca faltei a essa obrigação. Só nos dias em que estava por conta de viagens profissionais. Ou doente.
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Por isso, quero, mas não sei como, comemorar esse derradeiro dia.
Ela estranharia se eu chegasse com uma flor para lhe entregar. Pensei em uma flor do cerrado. Isso por que o cerrado é como a educação: causa certo receio nas pessoas que não o conhecem, sugerindo um ambiente de dificuldades. Entretanto, na medida em que se avança por ele, aprende-se um universo de vida e de arte, imagem resumida na caliandra, a flor que eu levaria.
www.google.com.br/images Caliandra rosa
Ela estranharia mais ainda, se eu pedisse um simples beijo, um beijo fora de hora, o justo e medido prêmio pela dedicação paterna ao longo de dezessete anos.
Certamente, em muitas manhãs, enquanto eu a levava à escola, contando estórias, para enriquecer as informações de sua vida, muitos outros pais dormiam a ressaca de noites boêmias, deliciosas e invejáveis.
Mas eu acho que fui muito mais homem que eles.
Só não serei homem neste dia, quando eu for buscá-la pela última vez.